Fenomenologia é tema central de livro publicado no Brasil

Fenomenologia é um tema que confunde muitos estudantes. A palavra surgiu a partir do grego phainesthai, que significa “aquilo que se apresenta ou que se mostra”, e do termo logos, sufixo relativo a “estudo”. A metodologia faz parte da investigação filosófica fundada pelo matemático e filósofo alemão Edmund Husserl, um dos precursores da filosofia moderna. O método trouxe um novo ponto de vista para a humanidade e foi revelado no livro Meditações Cartesianas, lançada no Brasil pela Editora Edipro.
A explicação de Husserl para Fenomenologia é que todos os fenômenos do mundo devem ser pensados a partir das percepções mentais de cada indivíduo. O filósofo transformou a maneira de investigar a filosofia e desenvolveu um método no qual a verdade é “provisória”. Ou seja, algo só é considerado verdadeiro até que um novo fato mostre o contrário, com a criação de uma nova realidade.

Imaginação de um quadrado
Um exemplo bastante difundido dentro desta linha de pensamento é a imaginação de um quadrado. Ao pensar a forma geométrica, não importa o tamanho que tenha, grande ou pequena, sempre será um quadrado em sua essência na mente das pessoas. Uma das áreas de conhecimento que utiliza a Fenomenologia como base de estudo é a psicologia, que busca entender como os pacientes percebem o mundo.
Apesar de não ter publicado em vida o texto original, escrito em alemão, o próprio Husserl previa que o compilado (retirado de palestras apresentadas por ele na Universidade de Sorbonne em 1929), seria uma das suas obras-primas. Os especialistas definem Meditações Cartesianas como a exploração do caminho de pensamento que conduz até a Fenomenologia.

Sinopse

Apresentada na Sorbonne em 1929, traduzida para o francês em 1931 e publicada postumamente em 1950, esta obra contém todo o horizonte das polêmicas reflexões epistemológicas da última fase produtiva de Edmund Husserl. Concluído o diagnóstico da crítica da razão lógica, ou da lógica formal de corte fregeano, só então se abria o caminho rumo à pesquisa dos princípios, agora já não mais nomológicos, mas normativos, em que se ancoraria a outra face da ciência, não menos científica, mas concretamente humana.