Revelado nome de militar pego com cocaína e como ele entrou com a droga

O 2º sargento da Aeronáutica flagrado com 39kg de cocaína transportada em um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) que integrava a comitiva do presidente Jair Bolsonaro ao G20 teve o nome revelado, na tarde desta quarta-feira (26).

Manoel Silva Rodrigues é o nome do militar, preso nesta terça (25), no aeroporto de Sevilla, na Espanha, conforme publicou o jornalista Robson Ronin, em seu blog Rada, na Revista Veja. Ele tem 38 anos e, segundo fontes do Planalto informaram à Veja, atuava no Grupo de Transportes Especiais da FAB como comissário de bordo.

O militar, que possui o nome de guerra de “Silva Rodrigues”, conseguiu ingressar no avião do Planalto com a droga porque, segundo a Veja, não passou pelo aparelho de raio-X de uso obrigatório da Base Aérea da FAB.

Ainda segundo Ronin, o sargento possui um salário de R$ 7,2 mil e é lotado no Comando da Aeronáutica. O sargento Silva Rodrigues viajou com presidente em fevereiro, quando Bolsonaro partiu de Brasília (DF) para realizar exames médicos, em São Paulo.

O que já se sabe sobre a prisão do militar da FAB:

Quem é o militar preso com cocaína que integrava a equipe de viagem do presidente Bolsonaro?

Ele possui a patente de segundo sargento da Força Aérea Brasileira (FAB), tem 38 anos e é casado. Até o momento, apenas as iniciais de M.R.S. foram divulgadas. Ele fazia parte da comitiva de 21 militares que dá suporte à viagem do presidente Jair Bolsonaro, que está em deslocamento rumo a Tóquio, no Japão, para participar da reunião do G20. Segundo o vice-presidente, Hamilton Mourão, o sargento era taifeiro, ou seja, atuaria no serviço de copa da aeronave presidencial.

Como e onde o militar foi preso?

A detenção do sargento ocorreu nesta terça durante um controle aduaneiro de rotina realizado no aeroporto de Sevilha, no sul da Espanha. Ele estava no avião da FAB, um Embraer 190, do Grupo Especial de Transporte da FAB, que fez uma escala na cidade espanhola.

A droga foi localizada no mesmo avião que transportava o presidente?

Não. O presidente Bolsonaro, que embarcou na noite desta terça, não estava na mesma aeronave do sargento.

Como a droga foi localizada?

De acordo com a Guarda Civil, força de segurança responsável pelo controle alfandegário na Espanha, os 39 kg de cocaína estavam divididos em 37 pacotes e escondidos numa maleta. Após a localização da droga, o militar ficou detido no prédio da Guarda, e os demais militares seguiram viagem ao Japão. O caso será levado à Justiça local ainda nesta quarta (26).

O militar vai responder na Justiça por qual crime?

O sargento deve ser investigado pelo crime de tráfico de drogas. O Código Penal espanhol descreve o delito como crime contra a saúde pública. O governo ainda não sabe se o militar detido em Sevilha, na Espanha, por suspeita de tráfico de drogas vai ficar preso no país europeu ou se terá uma extradição imediata. O Itamaraty e Ministério da Defesa estão tratando do caso diretamente via a Embaixada do Brasil em Madri.

O que a polícia espanhola diz sobre o destino da droga?

Investigadores disseram à imprensa espanhola que o destino final da cocaína seria a Espanha. Ainda não se sabe quem receberia a droga e se o militar seria pago pelo transporte.

A detenção afetou a viagem do presidente?

Após a prisão do sargento, o avião do presidente Jair Bolsonaro mudou a rota de viagem. Ele decolaria de Brasília rumo a Sevilha para, na sequência, seguir viagem ao Japão. No final da noite desta terça, a agenda oficial do presidente divulgada no site do Planalto passou a mostra Lisboa, a capital de Portugal, como local de escala. A assessoria do presidente não explicou se a mudança da rota ocorreu devido à prisão do militar.

Outros militares já foram presos por tráfico usando aviões da FAB?

Sim. Em 2011, um coronel da reserva foi penalizado com a perda do posto e da patente pelo Superior Tribunal Militar pelo tráfico de cocaína em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB). Antes, ele já havia sido condenado pela Justiça Federal a 17 anos de prisão.

Outros dois oficiais da Aeronáutica envolvidos no caso foram condenados a 16 anos de reclusão, cada um. Segundo os autos, o coronel integrava uma quadrilha especializada em tráfico internacional de drogas para a Europa, mediante a utilização de aeronaves da FAB.

Fonte: www.yahoo.com