Treinamento do aplicativo Join é realizado na Santa Casa

Treinamento para operação do aplicativo Join

A Santa Casa de Ituverava realizou na terça feira, 23 de abril, o treinamento para operação do aplicativo Join, uma importante ferramenta para os profissionais identificarem AVC precocemente.
Para explicar o funcionamento do aplicativo, esteve em Ituverava a enfermeira Mariana Barbosa Monteiro, graduada em Enfermagem pela Faculdade de Enfermagem do Hospital Israelita Albert Einstein de São Paulo, que é gerente comercial da Allm (Application Lifecycle Management). Ela tem Especialização em MBA de Gestão em Saúde e Controle de Infecção, Especialização em Enfermagem em Terapia Intensiva e Mestre em Ciência da Saúde.

Projeto
O aplicativo foi cedido gratuitamente à Santa Casa pelo período de um ano. “É um projeto da Allm com a Rede Brasil AVC, em parceria com a Beoehringer. É um aplicativo que permite aos médicos avaliarem o exame à distância, para tomada de decisão”, explica Mariana.
O treinamento foi voltado para enfermeiras, biomédicos e técnicos de radiologia. Segundo a enfermeira, a Santa Casa está inscrita no projeto Telestroke, relacionado ao protocolo de AVC, pois a entidade preenche todos os requisitos exigidos pelo programa.

Suporte

“Os médicos da rede de AVC vão dar o suporte para os médicos da Santa Casa, avaliando qual a melhor conduta para o tratamento do paciente no protocolo de AVC”, observa a enfermeira.
Ela afirmou que ficou agradecida pelo acolhimento na entidade. “Fico muito feliz pela iniciativa da Santa Casa de Ituverava participar do projeto e ver o número enfermeiros presentes, o que é muito gratificante. Também é uma honra colaborar com esse processo para salvar vidas”, finaliza Mariana Barbosa Monteiro.

Unidade de AVC da Santa Casa é mais uma conquista

A administradora da Santa Casa de Ituverava, Cláudia Maria Carreira Frata, fala sobre o trabalho que será realizado. “A unidade de AVC é um avanço em termos de tratamento de uma doença muito comum em Ituverava e região. Quando ela é tratada dessa forma, o paciente fica com poucas sequelas ou até mesmo sem nenhuma, o que significa muito, já que o AVC pode fazer com que as pessoas fiquem na cama por vários anos, se alimentando por sondas e sofrendo muito”, lembra.
“É um problema bastante comum, pois na Santa Casa são internados entre 10 a 12 pacientes com AVC por mês. Vale lembrar, no entanto, que existem várias formas de AVC e nem todas poderão ser tratadas na unidade. O AVC hemorrágico, por exemplo, exige um procedimento cirúrgico realizado geralmente somente em hospitais escola”, destaca.
Ainda segundo Cláudia Frata, a credenciamento junto ao Ministério da Saúde para a implantação da unidade de AVC já está em andamento. “Agora iniciamos uma série de treinamentos dos nossos profissionais, que ocorrerá até o Ministério nos autorizar a iniciar os atendimentos na unidade de AVC”, explica.

Responsável pela unidade
O responsável pela unidade de AVC será o neurologista Luiz Monteiro de Barros Neto, que já faz parte do corpo clínico da Santa Casa e do AME. “O AVC é a doença que mais mata no Brasil e, mesmo assim, o tratamento efetivo da causa da obstrução ainda não é tão difundido no país. Estamos tentando mudar essa realidade, pois é necessário dissolver o coágulo que causa o AVC e, esse tratamento não é feito na maioria dos hospitais”, diz o médico.
“A ideia é começar o tratamento em Ituverava, o que seria revolucionário para a cidade e região, pois é um procedimento feito apenas em centros de referência de grandes cidades”, destaca o Dr. Luiz Monteiro.

Benefícios

Ainda de acordo com o médico, a unidade de AVC conseguirá diminuir muito o risco de sequelas e de óbitos. “No infarto, por exemplo, esse tratamento de dissolver o coágulo já é feito. Agora buscamos resolver esse problema em relação ao AVC. Para isso, estamos em processo de treinamento de toda a equipe multidisciplinar, desde o médico que atenderá o paciente, até o motorista da ambulância que irá buscá-lo”, enfatiza.
“Também é importante trabalharmos a prevenção, que é a mesma do infarto, ou seja, orientar o paciente para que controle a pressão arterial, o diabetes e pratique exercícios físicos”, completa o médico Luiz Monteiro de Barros Neto.