37,2% dos veículos em circulação em Ituverava têm mais de 20 anos

Município tem 29.214 veículos, de acordo com levantamento do Ministério da Infraestrutura

Levantamento feito pela Tribuna de Ituverava junto ao Ministério da Infraestrutura demonstra que 37,2% da frota do município têm mais de 20 anos, ou seja, foi fabricada antes de 2002. Já os veículos produzidos após esse período representam 62,5% do total. Há ainda 70 veículos – número correspondente a 0,3% – com informações desconhecidas a respeito do ano de fabricação. No total, Ituverava tem 29.214 veículos.
Os seminovos, aqueles fabricados nos últimos cinco anos, representam 10,6% (3.108 veículos) e os intermediários, aqueles que têm entre seis e quinze anos, são 35,8% do total (10.463 veículos). O veículo mais velho de Ituverava é de 1928, enquanto os mais novos são 126 fabricados em 2022.
O ano de fabricação com o maior número de veículos em Ituverava é 2011 (1.330), seguido por 2008 (1.309), 2013 (1.288), 2012 (1.264), 2007 (1.197), 2010 (1.178) e 2009 (1.045). Já os anos de fabricação com menos veículos em Ituverava são 1928, 1941, 1947, 1948, 1951, 1957 e 1960 (com apenas um cada).
Com 29.214 veículos, Ituverava tem a terceira maior frota da microrregião, atrás apenas de São Joaquim da Barra (37.935) e Orlândia (35.951). Em seguida vêm Igarapava (16.522), Miguelópolis (12.505), Guará (10.935), Aramina (3.353), Buritizal (3.259) e Jeriquara (2.051).
As duas maiores cidades da região – Ribeirão Preto e Franca – têm, respectivamente, 562.169 e 283.016 veículos.
A frota de Ituverava é composta por 15.895 automóveis, 4.794 motocicletas, 2.355 caminhonetes, 2.090 motonetas, 792 camionetas, 718 caminhões, 611 reboques, 532 semi-reboques, 417 caminhões tratores, 402 ciclomotores, 285 utilitários, 164 ônibus, 67 micro-ônibus, 5 triciclos, 3 sidecars, 2 tratores rodas e 82 não categorizados.

Quantidade de veículos por ano de fabricação em Ituverava

1928: 1
1941: 1
1947: 1
1948: 1
1951: 1
1957: 1
1959: 2
1960: 1
1961: 7
1962: 2
1963: 9
1964: 17
1965: 7
1966: 15
1967: 9
1968: 28

1969: 39
1970: 39
1971: 83
1972: 112
1973: 148
1974: 180
1975: 171

1976: 223
1977: 238
1978: 287
1979: 279
1980: 295
1981: 182

1982: 248
1983: 326
1984: 345
1985: 397
1986: 427
1987: 298
1988: 395
1989: 399
1990: 301

1991: 307
1992: 278
1993: 440
1994: 572
1995: 531
1996: 562
1997: 618
1998: 453
1999: 414

2000: 520
2001: 609
2002: 626
2003: 574
2004: 745
2005: 771
2006: 841

2007: 1.197
2008: 1.309
2009: 1.045
2010: 1.178
2011: 1.330
2012: 1.264
2013: 1.288
2014: 951
2015: 746
2016: 624
2017: 728
2018: 871
2019: 801
2020: 628
2021: 682
2022: 126
Sem informação: 70

Frota na região

Ituverava: 29.214
Aramina: 3.353
Buritizal: 3.259
Guará: 10.935
Igarapava: 16.522
Jeriquara: 2.051
Miguelópolis: 12.505
Orlândia: 35.951
São Joaquim da Barra: 37.935
Ribeirão Preto: 562.169
Franca: 283.016

Frota de Ituverava por tipo de veículo

Automóvel: 15.895
Caminhão: 718
Caminhão trator: 417
Caminhonete: 2.355
Camioneta: 792
Ciclomotor: 402
Micro-ônibus: 67
Motocicleta: 4.794
Motoneta: 2.090
Ônibus: 164
Reboque: 611

Semi-reboque: 532
Sidecar: 3
Outros: 82

Trator rodas: 2
Triciclo: 5
Utilitário: 285
Total: 29.214

Frota de automóveis fica mais velha no país, aponta pesquisa

A frota brasileira de automóveis está ainda mais velha. Composta basicamente por modelos a combustão, ela polui mais, causa mais acidentes e engarrafamentos.
Esse envelhecimento foi acelerado nos últimos dois anos de pandemia, que dificultou o acesso ao carro zero, seja pelos preços mais elevados ou pela escassez de componentes para a produção. Hoje, 23,5% dos automóveis que circulam no país têm até cinco anos de uso, os chamados seminovos. Há dez anos, essa fatia era de 43,1%.
Os mais “velhinhos”, acima de 16 anos de uso, passaram de 18,8% da frota para 19,4%. Os intermediários (de seis a 15 anos) eram 38,1%, em 2012, e hoje são 57,1%. Os dados são de estudo anual feito há mais de duas décadas pelo Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças).
De acordo com notícia da revista IstoÉ Dinheiro, em 2012, um veículo, de forma geral, poluía cerca de 50% mais do que um similar atual. Em termos de consumo, o atual é 22% mais eficiente, segundo Raquel Mizoe, diretora de Emissões de Veículos Leves da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA).

Desorganização
Os resultados da pesquisa mostram que, em 2021, a frota do país era formada por 38,2 milhões de automóveis, com idade média de 10 anos e cinco meses, a mais velha em 26 anos. Somando comerciais leves, caminhões e ônibus, a frota chega a 46,6 milhões de veículos com idade média de 10,3 anos, também a mais alta desde 1994.
“Desde 2013, a frota brasileira vem envelhecendo porque não estamos conseguindo uma renovação com carros novos que compense a obsolescência existente”, afirma George Rugitsky, diretor de Economia do Sindipeças.
Ele ressalta que a pandemia levou a um sucateamento ainda maior da frota nacional, situação que, em dimensões diferentes, também ocorre globalmente.

Soma de fatores

Segundo ele, “no caso do Brasil, essa desorganização mundial da cadeia de abastecimento vem alinhada ao que ocorre na economia local”.
Rugitsky defende programas de inspeção veicular e de renovação da frota para uma modernização mais rápida. Do contrário, avalia, as expectativas para este ano e o próximo são de continuidade do sucateamento.
Em março, o governo anunciou um programa de renovação da frota para caminhões e ônibus, que ainda não foi regulamentado. A ideia é facilitar a troca do caminhão velho por outro mais novo, criando um ciclo que em algum momento vai chegar ao veículo zero.