Agronegócio é um dos poucos setores que ainda geram empregos

Trabalhadores da zona rural

A atividade agropecuária brasileira encerrou o ano de 2017 com um saldo positivo de 37.004 empregos gerados, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério do Trabalho nesta semana.
O resultado significa uma plena recuperação da geração de postos na comparação com o ano anterior, quando o saldo foi negativo em 14.193 postos.
O agronegócio foi um entre apenas três setores com números positivos para a criação de vagas em 2017 no Brasil. O saldo é resultado da diferença entre as 993.820 contratações e 856.516 demissões que ocorreram no acumulado do ano de 2017. Os outros segmentos com desempenho positivo foram o setor de Comércio, com 40.087 novos empregos, e o de Serviços, com 36.945 novos postos criados.
Considerando apenas o mês de dezembro do ano passado, a balança do setor agropecuário ficou negativa. Foram feitas 42.137 contratações e 86.476 demissões, o que significou o fechamento de nada menos que 44.339 vagas, representando um recuo de 2,76% na compara- ção com o mês imediatamente anterior.

Cana-de-açúcar
De acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados divulgados pelo Ministério do Trabalho, a atividade que mais pesou para que o resultado fosse negativo no último mês do ano passado foi o cultivo da cana-de-açúcar (com menos 9.032 empregos).
O desempenho é explicado pelo fim da colheita, que ocorre no mês de dezembro. Ainda tiveram influência negativa as atividades de apoio à agricultura (-4.954) e o cultivo de frutas de lavoura permanente (-4.882), com exceção da laranja e da uva.