Análise: as lições que o São Paulo tira para o clássico contra o Corinthians

O São Paulo terá neste sábado, às 17h (de Brasília), contra o Corinthians, no Pacaembu, seu maior desafio até aqui na temporada. Com uma derrota (São Bento), um empate (Novorizontino) e uma vitória (Mirassol) no Paulistão, o Tricolor tirou algumas lições que devem ser colocadas em prática no Majestoso, que terá transmissão exclusiva do canal Premiere.

Vencer o Mirassol por 2 a 0, com gols de Diego Souza e Marcos Guilherme, foi primordial para que o São Paulo chegasse menos pressionado no clássico. Caso não tivesse conquistado os três pontos na quarta-feira, o Tricolor poderia ter aberto de vez a porta para a crise que rondou o clube nas primeiras rodadas do Paulistão, com direito a polêmica com Cueva e protesto da torcida.

Sequência para o time

A comissão técnica tinha a intenção de alternar um jogo com os reservas e outro com os titulares neste início de Paulistão. Mas ficar sem vencer nas duas primeiras rodadas forçou Dorival Júnior a mudara a programação. Tanto que o São Paulo enfrentou o Mirassol, jogo no qual conquistou sua primeira vitória, com o time considerado titular.

Dorival Júnior, aliás, já sinalizou que pretende repetir o time no clássico de sábado. Por conta dessa oscilação nas primeiras rodadas, a sequência parece ser o melhor caminho para o Tricolor.

Diego Souza como referência

O meia-atacante jogou 37 minutos no empate com o Novorizontino e participou da partida toda na vitória sobre o Mirassol. Depois de fazer seu primeiro gol com a camisa do São Paulo, o camisa 9 tira um peso das costas. Dorival Júnior pretende continuar como Diego Souza como centroavante. O jogador realmente mostrou boa presença na área, em especial na última quarta-feira.

Diego Souza teve duas chances importantes no primeiro tempo e, no segundo tempo, quando estava apagado no jogo, mostrou oportunismo, algo que faz a diferença em clássicos.

Petros com liberdade

O volante atuou mais solto nas duas partidas que fez em 2018 (Novorizontino e Mirassol). Na quarta-feira, aliás, foi o melhor em campo. Só foi substituído na metade do segundo tempo para ser preservado para o clássico. Nesse primeiro momento, com o setor de criação da equipe ainda em construção, poder contar com Petros como elemento surpresa é importante.

Na vitória sobre o Mirassol, Petros estava fora de campo quando saíram os gols do triunfo tricolor, mas enquanto ele esteve no gramado, as melhores oportunidades foram criadas pelo volante.

Tranquilidade na finalização

Nas duas vezes em que atuou com o time considerado titular, o São Paulo criou muitas chances, mas pecou nas finalizações. Contra o Novorizontino, por sinal, o placar não saiu do zero. Diante do Mirassol, o time demorou a definir o jogo – os gols saíram aos 38 e 44 minutos do segundo tempo. Num clássico, onde as oportunidades podem ser raras, capricho no arremate é essencial.

– Tivemos muitas oportunidades. A ansiedade acabou atrapalhando um pouco – falou Diego Souza.

Caíque pede passagem

Brenner é a principal aposta da base do São Paulo para esta temporada. Tanto que participou dos três jogos do Tricolor até aqui no Paulistão. Não mostrou, porém, um futebol vistoso nesses jogos. Caíque, que é lateral-esquerdo de origem, mas tem jogado como atacante desde a base, entrou muito bem nas últimas duas partidas e faz sombra para o companheiro.

Dorival Júnior, no entanto, pretende dar mais chances a Brenner, que jogou como centroavante contra o Novorizontino e como ponta diante do Mirassol.

Fonte: www.g1.globo.com