As 100 cidades mais desenvolvidas do Brasil

Ranking de desenvolvimento socioeconômico da Firjan revela disparidades regionais e efeitos da crise na dinâmica das cidades

Das cem cidades mais desenvolvidas do Brasil, 58 estão no Estado de em São Paulo. É o que revela o Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal (IFDM) divulgado no final quinta-feira, 28 de junho, com dados de 2016 de Emprego e Renda, Saúde e Educação de 5.471 municípios brasileiros
No pódio, só há municípios paulistas. Louveira, a 70 quilômetros da capital, ocupa a primeira posição do ranking pela segunda vez consecutiva. A cidade que tem pouco mais de 40 mil habitantes conseguiu a nota máxima no IFDM 2016 e é a única no país a registrar um índice acima de 0,9.
Apesar do bom desempenho, a cidade registrou um saldo negativo de 953 vagas de emprego fechadas em 2016, número sutilmente melhor do que o registrado em 2015, quando houve uma retração de 1.023 postos de trabalho localmente. Mas isso não foi suficiente para melhorar o IFDM Emprego e Renda da cidade, a exemplo do que aconteceu em outros municípios do país.
Por outro lado, 98% dos professores que atuam no ensino básico de Louveira têm ensino superior e apenas 6,9% dos alunos não estão na série adequada para suas idades, 86% das gestantes da cidade têm ao menos 7 consultas pré-natais durante a gestação (a média brasileira é de 69%) e apenas 0,7% das mortes no município são por causas mal definidas.

Surpresas

Mas as surpresas do topo do ranking são as três cidades seguintes que deram saltos de desenvolvimento no último ano. Olímpia (SP), um importante polo turístico do estado, saiu da posição 83 para a segunda posição.
Impulsionada pela geração de empregos na construção civil, a pequena Estrela do Norte (SP) saltou de 526 para o terceiro lugar. Já Vale Real (RS), de 276 para o quarto lugar, graças à geração de empregos na construção civil e no setor de produtos de metal, de acordo com o relatório.
Entre as capitais, Florianópolis (SC) e Curitiba (PR) são as únicas a figurar entre as cem mais desenvolvidas do país. O Rio de Janeiro, por outro lado, não ficou nem entre as 500 cidades com as melhores notas. O baixo desempenho da capital fluminense foi puxado essencialmente pela retração no IFDM Emprego e Renda.