Assembleia Flor de Lótus completa 10 anos de fundação

Na última semana, no dia 15 de dezembro, a Assembleia Flor de Lótus Nº 27, da Ordem Internacional do Arco-Íris para Meninas, completou 10 anos. A data foi comemorada com uma cerimônia realizada dia 2 de dezembro, no salão da Associação Atlética Ituveravense. Prestigiaram o evento grandes autoridades da Ordem no Estado de São Paulo, como as supremas delegadas Cássia Marono e Denise Onoratto; o grande presidente Luiz Marono; a prefeita Adriana Quireza Jacob Lima Machado; representantes das quatro Lojas Maçônicas de Ituverava e representantes de diversas entidades e clubes de serviços da cidade.
No dia em que se comemorou o aniversário de fundação da Assembleia, 15 de dezembro, foi realizada a cerimônia de encerramento do ano, momento em que todas as meninas e o Conselho Consultivo escreveram cartas e bilhetes, tiraram fotos que foram depositados em uma cápsula do tempo, que foi enterrada na Loja Maçônica 16 de Julho e que será aberta dentro de 10 anos.
“Agradeço aos primeiros membros do Conselho Consultivo desta Assembleia por firmarem um alicerce para que os Conselhos a seguir pudessem dar continuidade a uma bela obra”, afirma o presidente do Conselho Consultivo Caio Sandoval Toyoda.
“Agradeço também ao Conselho atual por ser sempre presente, participativo e justo, auxiliando as meninas em todos os momentos. E parabenizo também a todas as meninas Arco-Íris por esse exemplo de Assembleia”, ressalta.

Trajetória
A instalação da Assembleia Flor de Lótus era um anseio dos maçons de Ituverava, principalmente os que tinham filhas, pois a cidade já contava com a Ordem DeMolay, que é voltada aos jovens do sexo masculinos.
Então, no início do ano de 2007, maçons começaram a articular a fundação da Ordem Internacional do Arco-íris para Meninas.
Diante dessa possibilidade e depois de consultada às Lojas Maçônicas 16 de Julho, Arco-Íris, Nova Luz e União Ituveravense, para que houvesse o patrocínio e, com o entusiasmo de todos, começou-se a organizar o cronograma de fundação.
Primeiro foi consultada a então suprema delegada, Ivete Russo Leite, sobre os procedimentos para a Fundação. Em seguida, começaram os preparativos.
Logo depois, as meninas interessadas em participar foram convidadas, reunindo 28 grandes e virtuosas jovens de nossa sociedade. A partir daí, Ivete a Assembleia Luz do Renascer nº 4, de Barretos, auxiliou na instalação da Assembleia de Ituverava.
A Assembleia de Barretos fez uma cerimônia pública em Ituverava, quando foi aclamada, como a 1ª mãe conselheira, a professora Regina Pereira. Assim foi construído o alicerce para fundação da Ordem Internacional do Arco Íris para Meninas em Ituverava.

Assembleia Flor de Lótus
Em uma reunião com o primeiro Conselho Consultivo e, por sugestão da mãe conselheira Regina, foi aprovado o nome de Assembleia Flor de Lótus, por ser esta flor símbolo de pureza, perfeição, do sagrado, bem como a expansão espiritual.
Na cerimônia de instalação da Assembleia, foi empossada a primeira diretoria, que teve como presidente Ana Luísa Santos Nielsen Tinasi e como presidente do Conselho Consultivo, Cássio Ivan Goulart.
A primeira filantropia da Assembleia Flor de Lótus foi a arrecadação de brinquedos novos e usados, que foram doados às crianças carentes da cidade de São Sebastião, litoral Norte.
A primeira participação pública da Assembleia foi na Exposol, em março de 2008, onde se comemorou o aniversário da cidade, na Praça Dez de Março, vendendo cachorro-quente.
Daí para frente, as meninas e o conselho, desenvolveram várias ações, muitos eventos e filantropias, como também houve muita instrução nas reuniões e, hoje, a Assembleia comemora 10 anos de existência, tendo como presidente Maria Helena Lupoli, filha de Camilo José Lupoli e Sílvia Maria de Freitas Souza Lupoli.

A LENDA DA FLOR DE LÓTUS 

Certo dia, à margem de um tranquilo lago solitário, em cuja margem se erguiam frondosas árvores com perfumosas flores de mil cores e coalhadas de ninhos, onde aves cantavam, encontraram-se quatro elementos irmãos: o fogo, o ar, a água e a terra.

– Quanto tempo sem nos vermos em nossa nudez primitiva – disse o fogo cheio de entusiasmo, como é de sua natureza.

– É verdade – disse o ar. – É um destino bem curioso o nosso. À custa de tanto nos prestarmos para construirmos formas e mais formas, tornamo-nos escravos de nossa obra e perdemos nossa liberdade.

– Não te queixes – disse a água -, pois estamos obedecendo à Lei, e é um Divino Prazer servir à Criação.

Por outro lado, não perdemos nossa liberdade; tu corres de um lado para outro, a tua vontade; o irmão fogo, entra e sai por toda parte servindo a vida e a morte. Eu faço o mesmo.

– Em todo caso, sou eu quem deveria me queixar – disse a terra – pois estou sempre imóvel e, mesmo sem minha vontade, dou voltas e mais voltas, sem descansar no mesmo espaço.

– Não entristeçais minha felicidade ao ver-nos tornou a dizer o fogo – com discussões supérfluas. É melhor festejarmos os momentos em que nos encontramos fora de forma. Alegremo-nos à sombra destas árvores e à margem deste lago formado pela nossa união. Todos o aplaudiram e se entregaram ao mais feliz companheirismo.

Cada um contou o que havia feito durante sua longa ausência, as maravilhas que tinham construído e destruído. Cada um se orgulhou de se haver prestado para que a Vida se manifestasse através de formas sempre mais belas e mais perfeitas. E mais se alegraram, pensando na multidão de vezes que se uniram fragmentariamente, para o seu trabalho.

Em meio de tão grande alegria, existia uma nuvem: o homem. Ah! como ele era ingrato. Haviam-no construído com seus mais perfeitos e puros materiais, e o homem abusava deles, perdendo-os. Tiveram desejo de retirar sua cooperação e privá-lo de realizar suas experiências no plano físico. Porém a nuvem dissipou-se, e a alegria voltou a reinar entre os quatro irmãos.

Aproximando-se o momento de se separarem, pensaram em deixar uma recordação que perpetuasse, através das idades, a felicidade de seu encontro. Resolveram criar alguma coisa especial que, composta de fragmentos de cada um deles harmonicamente combinados, fosse também a expressão de suas diferenças e independência, servisse de símbolo e exemplo para o homem.

Houve muitos projetos que foram abandonados por serem incompletos e insuficientes. Por fim, refletindo-se no lago, os quatro disseram:

– E se construíssemos uma planta cujas raízes estivessem no fundo do lago, a haste na água e as folhas e flores fora dela?

– A ideia pareceu digna de experiência. Eu porei as melhores forças de minhas entranhas – disse a terra – e alimentarei suas raízes.

– Eu porei as melhores linfas de meus seios – disse a água – e farei crescer sua haste.

– Eu porei minhas melhores brisas – disse o ar – e tonificarei a planta.

– Eu porei todo o rneu calor – disse o fogo, para dar as suas corolas as mais formosas cores.

Dito e feito. Os quatro irmãos começaram a sua obra. Fibra sobre fibra, foram construídas as raízes, a haste, as folhas e as flores. O sol abençoou-a, e a planta deu entrada na flora regional, saudada como rainha.

Quando os quatro elementos se separaram, a Flor de Lótus brilhava no lago em sua beleza imaculada e servia para o homem como símbolo da pureza e perfeição humana. Consultaram-se os astros, e foi fixada a data de 8 de maio – quando a Terra está sob a influência da Constelação de Taurus, símbolo do Poder Criador – para a comemoração que desde épocas remotas se tem perpetuado através das idades, se tornando o dia da paz.

Olhada com respeito e veneração pelos povos orientais, ela é, frequentemente, associada a Buda, por representar a pureza emergindo imaculada de águas lodosas. No Japão, por exemplo, esta flor é tão admirada que, quando chega a primavera, o povo costuma ir aos lagos para ver o botão se transformando em flor.

Assim como os quatro elementos, terra, água, ar e fogo, se reencontraram e, antes da despedida, uniram suas forças para deixar uma recordação que perpetuasse, através das idades, a felicidade de seu encontro, as quatro lojas maçônicas de Ituverava, cada uma representando um elemento, decidiram também trazer para a cidade a Ordem Internacional do Arco Íris para Meninas, para que, com sua filosofia, o seu trabalho filantrópico, e a preparação da menina para vida, tornasse mais bela e feliz a humanidade, que, hoje, muito nos orgulha por completar 10 anos de existência.

A flor de Lótus está inserida no Estandarte, bem como os quatro elementos estão representando as lojas maçônicas de Ituverava, o esquadro e o compasso representam os maçons e o ramo de acácia representa as tias.