Brasil tem pior índice da história em ranking sobre corrupção

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Transparência Internacional citou medidas do governo Lula e do STF para justificar resultado ruim

Com a contribuição do governo Lula (PT) e do Supremo Tribunal Federal (STF), o Brasil caiu três posições no Índice de Percepção da Corrupção (IPC), medido pela organização Transparência Internacional, e atingiu, na edição de 2024, a pior nota e pior colocação da série histórica, iniciada em 2012.

O IPC lista 180 países do mundo em uma escala de pontuação que vai de 0 a 100, na qual, quanto mais baixo for o número, pior é a percepção de corrupção do país. A média mundial no último ano foi de 43 pontos, resultado similar ao registrado nas Américas, que foi de 42. O Brasil, no entanto, ficou abaixo desses índices e anotou apenas 34 pontos, ficando na 107ª colocação global.

No ano passado, o Brasil tinha registrado 36 pontos e ocupava a 104ª posição. Os melhores resultados brasileiros foram em 2012 e em 2014, quando o país teve 43 pontos e ficou na 69ª colocação. Durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o país chegou a evoluir no ranking, ficando em 94° lugar entre 2020 e 2022, ante a 105ª posição de 2018, último ano do governo Temer.

Atualmente, a Transparência Internacional trabalha com 13 pesquisas diferentes feitas por 12 organizações internacionais que ouvem especialistas e o mercado sobre a percepção que eles têm sobre a corrupção em um país.

Em relação ao Brasil, alguns pontos contribuíram para a piora da percepção de corrupção, entre eles estiveram:

– Silêncio reiterado do presidente Lula sobre a pauta anticorrupção;
– Falta de transparência e condições de controle social adequadas no Novo PAC;

– Percepção de crescente ingerência política na Petrobras;
– Reiteradas negativas do governo a pedidos de acesso a informação sob justificativa questionável de conterem dados pessoais, incluindo casos envolvendo pessoas da alta cúpula do governo;
– Persistência de corrupção no Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) envolvendo o Centrão e desvios de emendas parlamentares;
– Arquivamentos e anulações em série, determinadas pelo STF, de casos de macrocorrupção decorrentes da anulação de provas produzidas pelo acordo de leniência do Grupo Odebrecht.

A Transparência Internacional também ressalta que o resultado ruim do Brasil reflete o fato de que o crime organizado já começa a capturar o Estado. O índice, segundo a instituição, precisa servir de alarme para as autoridades brasileiras.

Fonte: //pleno.news