O mês de abril é marcado como o período da Conscientização do Autismo, que tem como objetivo chamar a atenção da sociedade para o transtorno do espectro do autismo (TEA).
O TEA é condição de saúde caracterizada por uma trajetória do desenvolvimento diferenciada – atípico, que pode ocorrer em áreas como cognição social, comunicação e padrões de interesses e comportamento.
Em adesão a campanha, no próximo dia 5 de abril, um grupo de guaraenses que possuem familiares com autismo realizará a 4ª Caminhada da Conscientização do Autismo, na cidade de Guará.
Programação
Previsto para começar às 8h30, o evento terá como ponto de partida a Caixa Econômica de Guará, de onde os participantes seguirão até a praça da Igreja Matriz.
A caminhada está sendo organizada pela engenheira de produção – Lidiane Moura, pela massoterapeuta – Cristiane Moura e pelas professoras – Vilma Macri e Débora Bochet, com apoio da Prefeitura de Guará, comércio e indústria, além de amigos, familiares e pessoas que compartilham do compromisso com a inclusão.
Expectativa
A expectativa, segundo a organização, é receber cerca de 400 pessoas, mesmo número de camisetas confeccionadas para serem distribuídas no evento.
“O intuito da caminhada é promover a conscientização para as pessoas, pois muitas não sabem o que é e nem como lidar com o autismo”.
“A ideia é levar mais informações a fim de proporcionar qualidade de vida para os autistas e seus familiares, além de gerar na sociedade mais empatia, respeito e visibilidade”, dizem as organizadoras.
“Buscamos também usar dos direitos que a lei proporciona. Nosso sonho é ter atendimento especializado em Guará, visto que nas cidades vizinhas os centros de atendimentos estão com demanda muito alta”, afirmam.
Cresce diagnóstico de autismo
De acordo com Lidiane Moura, o número de diagnósticos de autismo tem aumentado significativamente nos últimos anos, tanto no Brasil quanto no mundo.
A última pesquisa do CDC (Centro para Controle e Prevenção de Doenças) nos Estados Unidos mostrou que 1 em cada 36 crianças de 8 anos foi diagnosticada com autismo em 2020.
“Então, quem não tem um autista na família irá ter contato com um em algum momento da vida, e precisa saber como lidar em diversas situações do dia-a-dia”, destaca.
Início
“Esse movimento em Guará teve início há quatro anos comigo, com a Cristiane e Vilma, que temos em comum sobrinhos autistas”.
“Há cerca de três anos, conseguimos, além da caminhada, promover palestras abertas ao público para levar mais informações”, afirma Lidiane.
“Devido as dificuldades encontradas com os nossos familiares desde o diagnóstico até os dias atuais, e vendo que outras famílias passam por essa mesma dificuldade, resolvemos encabeçar esse movimento para ajudar de alguma forma”, explica a engenheira.
OUTRAS AÇÕES
“Também temos um grupo de mães atípicas que se encontram com frequência para trocar experiências e conhecimentos. Levamos profissionais para esses encontros para ajudar “cuidar de quem cuida”, pois a rotina e o desgaste das mães, em especial, são muito grandes”.
“Muitas não têm tempo de se cuidar, e acabam adoecendo. É importante ter esse olhar especial para elas também”, completa a organizadora Lidiane Moura.
