Confira dicas para não cair no golpe do “WhatsApp hackeado”

Especialista, Polícia Civil e o próprio aplicativo indicam mecanismos para dificultar a ação dos golpistas em Ribeirão Preto

Verificação em duas etapas é um dos mecanismos de segurança que devem ser ativados (Foto: divulgação/Pixabay)

Após o ACidade ON contar a história de Marcelo Augusto Vicente, nesta quarta-feira (18), que teve o WhatsApp hackeado por um suposto funcionário da OLX, outros cinco internautas do portal compartilharam experiências parecidas, registradas em Ribeirão Preto.  

De acordo com a série de relatos, o golpe é aplicado por telefone, com base em dados pessoais extraídos de anúncios ou até mesmo redes sociais.  

Os hackers se passam por funcionários de determinadas empresas e dizem, na maioria das vezes, que precisam de um código enviado via SMS para confirmar a publicação. No entanto, os números servem para a redefinição da conta no aplicativo.  

Por isso, o professor especialista em mídias digital no Senac, Eduardo Soares, dá dicas de segurança e mecanismos que podem dificultar a ação de golpistas – o principal deles é a “Confirmação em Duas Etapas”, disponível para todos os sistemas operacionais.  

“Esse golpe é muito mais comum do que a gente imagina. Então, é preciso ficar atento depois de postar algo pessoal na internet, porque a exposição redobra as possibilidades de ser vítima de algo parecido. A principal dica de segurança, falando de WhatsApp, é a segurança em dois níveis. Essa opção faz com que qualquer alteração seja feita com a confirmação de dois códigos, e esse segundo é por meio de um PIN criado especificamente pelo usuário”, explica.  

Para ativar esse mecanismo, é necessário acessar o app pelo celular, ir em “ajustes”, selecionar “conta” e confirmar a medida extra. Originalmente, ela vem desativada.  

Ainda segundo o docente, outro cuidado que deve ser tomado para evitar transtornos como esse é o de não compartilhar senhas com outras pessoas. Se possível, optar pelos reconhecimentos digitais.  

“Nenhum aplicativo ou site pede confirmação de dados por SMS ou voz. O máximo que pode acontecer é que seja solicitada a digitação em alguns sistemas, como de bancos. Mas, também é importante ficar atento a veracidade dos sites e possíveis clonagens de endereço na web”, completa Soares. 

O que fazer?  

Em nota, a Polícia Civil orienta as pessoas a não entregar qualquer tipo de documento ou dar informações a terceiros. Toda transação bancária deve ser formalizada em uma agência, com orientação do gerente ou funcionário devidamente identificado.  

“O caso citado na reportagem [do Marcelo] é investigado pela Delegacia de Investigações Gerais de Ribeirão Preto, que realiza diligências para o esclarecimento dos fatos e prisão dos autores”, escreveu, via assessoria de imprensa.  

Já o WhatsApp divulgou um informativo à reportagem que explica o que fazer em casos de conta roubada. Veja abaixo:  

– Solicite a verificação da conta via SMS: entre em contato com o WhatsApp com o seu número de telefone e confirme o código de 6 dígitos recebido via SMS. Dessa forma, qualquer indivíduo que usar sua conta será desconectado automaticamente.  

– Notifique amigos e família: muitos golpistas usam sua lista de contatos para solicitar informações sigilosas e pedir depósitos em dinheiro. Se sua conta for violada, entre em contato com pessoas próximas para que ninguém possa se passar por você.  

– Amplie sua cama de segurança ativando a verificação em duas etapas: a verificação em duas etapas é um recurso opcional que, ao ser ativado, exige um PIN de seis dígitos de verificação se houver tentativa de entrada no seu número de WhatsApp.  

– Criptografia: em caso de tentativa de roubo da conta, o aplicativo também ressalta que a criptografia de ponta a ponta do aplicativo não é comprometida. Ou seja, o golpista não tem acesso a mensagens anteriores que estão armazenadas no seu telefone. Se o problema persistir, entre em contato com a equipe de atendimento em support@whatsapp.com  

Fonte: A Cidade ON