Cana-de-açúcar se mantém como principal cultura da região, com área de 423.117 hectares

A Secretaria de Agricultura, através do Escritório de Desenvolvimento Rural de Orlândia, divulgou o Levantamento Subjetivo de Previsão da Safra 2017/2018, elaborado pela Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI) de Orlândia e pelo Instituto de Economia Agrícola – IEA.
Os dados divulgados, com informações de produção e de produtividade da atual safra foram levantados pelos técnicos das Casas da Agricultura da região.
Segundo o engenheiro agrônomo Paulo Cesar da Luz Leão, assistente de Planejamento do EDR de Orlândia, “os dados são preliminares, pois é a primeira estimativa de área plantada e de produtividade da atual safra. Também estão previstos a realização de outros levantamentos durante a safra, podendo haver alteração na área plantada e também na produtividade média das culturas”, afirma Leão.
De acordo com o levantamento, a cana-de-açúcar continua liderando em área plantada, com plantio estimado de área de 423.117 hectares, cerca de 174.842 alqueires, com cana em produção (cana corte) e em área nova (cana planta).
“A região deverá produzir cerca de 30.957.376 toneladas de cana, com produtividade média de 84 tonelada por hectare”, afirma Leão.
Morro Agudo é o município com a maior área com cana na região, com cerca de 111.000 hectares, seguido pelos municípios de Ituverava (56.000) e Miguelópolis.
Soja e milho
A cultura da soja também é destaque na região, ocupando uma área de 65.900 hectares, com produtividade média estimada de 55 sacas por hectare (133 sacas por alqueire).
Morro Agudo é também o maior produtor da oleaginosa na região, seguido por Miguelópolis, Ipuã e Ituverava.
Com área plantada de 5.700 hectares e produtividade média de 103 sacas por hectare a cultura do milho verão também é destaque na região, estando a maior área plantada localizada no município de Morro Agudo.
A relação completa da quantidade de cana-de-açúcar, soja e milho plantados nas cidades da região pode ser conferida nos quadros abaixo.
Safra de soja deste ano será a segunda maior da história
O Rabobank estimou na última quarta-feira, 3 de janeiro, que a safra de soja 2017/18 do Brasil, com colheita próxima de ser iniciada, alcançará 107 milhões de toneladas, a segundo maior da história, aquém apenas das 114 milhões de toneladas registradas em 2016/17.
Em relatório com perspectivas para as commodities agrícolas em 2018, o banco projetou que a área ocupada pela oleaginosa neste ciclo será de 34,5 milhões de hectares, um novo recorde.
“Por outro lado, a perspectiva é que a produtividade brasileira retorne à linha de tendência nessa temporada, para 3,1 toneladas/hectare, sendo 9 por cento inferior àquela observada na safra 2016/17, quando houve condições climáticas extremamente favoráveis ao desenvolvimento das lavouras”, pontuou o banco.
De acordo com o Rabobank, a produção brasileira e a norte-americana (prevista em 120 milhões de toneladas) manterão as reservas mundiais em patamares “confortáveis”.
“Em um cenário de elevada oferta e estoques em níveis relativamente confortáveis, geralmente a tendência seria de pressão sobre os preços. Porém a demanda global aquecida tem contrabalanceado e, de certa forma, sustentado as cotações internacionais”, disse o Rabobank, que prevê preços na bolsa de Chicago entre 9,80 e 10,05 dólares por bushel neste ano.
Milho
Com relação ao milho, a instituição afirma que a primeira safra (“verão”) alcançará 25 milhões de toneladas, em 4,9 milhões de hectares, quedas de 18 e 10 por cento ante 2016/17, respectivamente.
“Os reflexos dos preços pressionados do milho já foram refletidos na safra de verão 2017/18”, disse o banco, explicando o porquê da menor produção agora após cotações deprimidas em 2016/17 em razão de uma colheita recorde.
Para o milho de segunda safra (“safrinha”), colhido no inverno, a estimativa do Rabobank é de produção de 63 milhões de toneladas em 12 milhões de hectares.
Dessa forma, a expectativa do Rabobank para a safra total brasileira de milho é de 88 milhões de toneladas, 10 por cento menor que no ciclo 2016/17.
Cana e café
Quanto à cana-de-açúcar, cuja próxima safra (2018/19) começa oficialmente em abril, o Rabobank prevê moagem entre 580 e 590 milhões de toneladas, em linha com a observada no ano passado.
A instituição não deu previsão para fabricação de açúcar e etanol, lembrando que o mix de produção no ciclo definirá esses volumes.
“Grosso modo, cada redução de 1 por cento no mix de açúcar significaria 0,75 milhão de toneladas de produção de açúcar a menos”, destacou o banco.
Por fim, para o café o Rabobank disse que há “um bom potencial produtivo para safra 2018/19”. “Apesar do atraso das precipitações, existe uma grande expectativa de alta produção, principalmente por causa da recuperação do conilon no Espírito Santo”. A instituição prevê uma safra neste ano entre 57 milhões a 59 milhões de sacas, das quais 28 por cento de conilon.