EUA incluem 12 empresas chinesas em lista de ‘negócios proibidos’

A China criticou a decisão e informou que vai reagir às medidas

Presidente americano, Joe Biden, e o líder do Partido Comunista chinês, Xi Jinping | Foto: Lintao Zhang

Doze empresas chinesas entraram na lista dos Estados Unidos (EUA) de negócios considerados proibidos.

O Departamento do Comércio dos EUA fez a inclusão por entender que as empresas chinesas “se envolveram em atividades contrárias à segurança nacional ou aos interesses da política externa”. O anúncio foi feito na quarta-feira 24.

Com a decisão, os fornecedores não poderão negociar com as empresas da lista, a menos que tenham recebido uma licença especial para isso.

Ao todo, a administração Biden acrescentou 27 entidades à sua lista de proibições comerciais, mas nem todas com sede na China. Há também nomes do Japão, do Paquistão e de Singapura.

Em comunicado, a secretária norte-americana do Comércio, Gina Raimondo, sustenta que a atualização da lista visa sobretudo a proteger tecnologias dos EUA face ao desenvolvimento, por parte de chineses e russos, de “avanços militares”.

Ela alegou que as empresas foram adicionadas à lista por terem contribuído para o programa de mísseis balísticos e demais atividades nucleares do Paquistão.

China reagiu ao boicote

A China criticou a decisão dos EUA, dizendo que a medida violou um entendimento entre líderes das duas maiores economias do mundo.

“O Ministério do Comércio dos EUA publicando uma nova lista de sanções não está de acordo com o consenso acordado pelos líderes chineses e norte-americanos”, disse a porta-voz do Comércio chinês, Shu Jueteng, em uma entrevista coletiva em Pequim nesta quinta-feira, 25.

“É prejudicial para ambos os países, a segurança da cadeia de abastecimento global e a recuperação econômica”, acrescentou.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Zhao Lijian, disse que Pequim se reservou o direito de “tomar as contramedidas necessárias”, apelando para que o governo Biden “corrija o erro imediatamente”.

“Os EUA repetidamente exageraram no conceito de segurança nacional e abusaram do poder do Estado para oprimir as empresas chinesas”, disse Zhao.

O presidente Joe Biden e o secretário-geral do Partido Comunista da China, Xi Jinping, conversaram na segunda-feira 15, portanto, antes do anúncio. Entre outros temas, ambos discutiram formas de evitar “conflitos” entre os EUA e o país asiático.

Fonte: revistaoeste.com