Fernando Capez é denunciado por máfia da merenda em SP

O procurador-geral de Justiça de São Paulo, Gianpaolo Smanio, denunciou ao Tribunal de Justiça o deputado estadual Fernando Capez (PSDB), ex-presidente da Assembleia Legislativa, e mais oito alvos da Operação Alba Branca. A investigação foi deflagrada em janeiro de 2016 contra desvios no fornecimento de merenda escolar. A Capez são atribuídos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Smanio cobra R$ 2.279.857 – o valor equivale ao dobro da propina que teria sido destinada a Capez, a lobistas e a um representante comercial da Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf). A cooperativa, em Bebedouro (SP), é apontada como centro das fraudes. O deputado tucano nega as acusações.
A denúncia afirma que a propina paga a Capez, as comissões repassadas a lobistas da chamada máfia da merenda e ao representante comercial da Coaf “alcançaram ao menos o patamar de 10% do valor dos contratos administrativos– R$ 11.399.285 – celebrados entre a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo e a cooperativa”.
“Os valores pagos a título de propina e comissões chegaram à cifra de R$ 1.139.928,50. Tais valores, evidentemente, foram extraídos daqueles gerados pelo superfaturamento do preço da mercadoria alienada à Secretaria da Educação”, apontou o procurador-geral.

Dono da Riachuelo ataca PT: “Uma quadrilha que saqueou o Brasil” 

Capitaneado pelo empresário Flávio Rocha, dono da Riachuelo, um grupo de executivos brasileiros lança hoje, em Nova York, o movimento Brasil 200, em referência ao aniversário de 200 anos da independência do país em 2022, data que coincide com o fim do mandado do próximo presidente. No evento, Flávio Rocha irá ler um manifesto e convocar os empresários a defenderem uma agenda comum para o país. E o manifesto trará duras palavras contra um combalido PT.
“Foram quase 15 anos de uma farra de gastos públicos e créditos subsidiados para os amigos do rei”, prevê o discurso. “O Brasil é um país sem memória, mas não é possível que em pleno ano eleitoral não se fale a cada oportunidade, todos os dias, do período nefasto de quase 15 anos em que uma quadrilha saqueou o Brasil, aparelhou as instituições, usou bancos e obras públicas para enriquecimento privado numa proporção jamais vista”, completa o discurso.

Márcio França em campanha 

Tem sido em ritmo de romaria as visitas de prefeitos paulistas ao Palácio dos Bandeirantes para audiências com o vice-governador Márcio França. Candidato ao governo, França tem repetido a cada um dos prefeitos que o procuram:
“Você pode preparar os pedidos de verbas para obras que pretende tocar; a partir de 8 de abril eu libero o dinheiro”.

 

 

 

Alckmin se reúne com sindicalista e acerta agenda  no Nordeste 

O governador Geraldo Alckmin segue em seu xadrez para a disputa presidencial. Na segunda-feira, 15 de dezembro, ele se reuniu no Palácio dos Bandeirantes com o deputado estadual Campos Machado (PTB) e o presidente do sindicato dos caminhoneiros de São Paulo e vice-presidente nacional da categoria, Norival Silva.

 

 

 

 

Presidentes a estarem na abertura dos trabalhos do Congresso 

Não é segredo para ninguém que, para os parlamentares, estar com o presidente da República é um sinal de prestígio. Agora, eles querem institucionalizar que esse contato se dê, ao menos, uma vez por ano. Uma proposta de emenda constitucional assinada por 29 senadores quer obrigar os presidentes da República a participarem da abertura do ano Legislativo no Congresso.
Pela Constituição, o presidente precisa enviar uma mensagem com o plano de governo para ser lida na primeira sessão de cada ano, no dia 2 de fevereiro. Sua presença, no entanto, é facultativa. Para os autores da proposta, a participação do presidente “constitui elemento poderoso de pedagogia democrática”. O projeto já tem parecer favorável do relator Lasier Martins e está pronta para votação na CCJ do Senado. Se aprovada, segue para apreciação em dois turnos no plenário.

Marcelo Odebrecht centra fogo em executivos da empresa 

Nos próximos dias, Marcelo Odebrecht completa um mês fora da prisão e continua sendo… Marcelo Odebrecht. Tem enviado mensagens, via e-mail, para um seleto grupo de ex-executivos e executivos da empreiteira.
O foco não são os negócios do grupo. Neles, não está se metendo — ainda. Marcelo tem centrado fogo em desafetos internos, como Newton de Souza e Maurício Ferro. Souza é o executivo que o sucedeu na presidência da Odebrecht e hoje vice-presidente do conselho de administração. Ferro, seu cunhado, é diretor jurídico. Assim como fazia com quem o visitava quando estava preso, Marcelo insiste em atacar a dupla.
Diz que os dois deviam ser delatores também. E que lhe foram imputados crimes que ele não cometeu. Ou seja, o que Marcelo quer dizer é que se Souza e Ferro assumissem alguns delitos, sua própria pena poderia ser menor. Como resume um delator, “o Marcelo está vivo”.
Marcelo Odebrecht ainda se mantém arredio a um encontro com seu pai, Emílio.

Deputados querem que presos paguem por tornozeleira eletrônica 

Tramitam na Câmara seis projetos de lei repassando o custo das tornozeleiras eletrônicas para os condenados que usufruírem do benefício. São assinados pelos deputados Aliel Machado (Rede-PR), Ronaldo Fonseca (Pros-DF), Heuler Cruvinel (PSD-GO), Felipe Bornier (Pros-RJ), Lobbe Neto (PSDB-SP) e Vitor Valim (PMDB-CE).
Heuler Cruvinel vai além: o apenado deve não só cobrir os custos da sua tornozeleira, como pagar o triplo do seu valor de custo para destinar ao Fundo Penitenciário Nacional. Vitor Valim justifica que o monitoramento eletrônico é uma boa medida para equacionar o problema da superlotação nos presídios e cita dados que estimam em R$ 300 mensais o custo da tornozeleira, 11 vezes menor do que a internação em presídios.