Greve em São Paulo afeta 1,5 milhão de passageiros

Os passageiros tentaram usar o metrô, mas enfrentaram filas e lotação | Foto: Reprodução/Redes sociais

Cerca de 1,5 milhão de passageiros foram afetados pela greve dos motoristas e cobradores de ônibus na capital paulista nesta terça-feira, 14. A informação foi divulgada pelo secretário-executivo de Transporte e Mobilidade Urbana, Gilmar Miranda.

“A prefeitura vai entrar na Justiça Trabalhista informando ao desembargador responsável que o sindicato profissional descumpriu a liminar concedida para garantir a prestação de serviço mínima para a população de São Paulo, considerando que a multa de R$ 50 mil não tem sido suficiente pra inibir essa inação por parte dos sindicalistas”, afirmou.

Com a greve, o rodízio municipal de veículos foi suspenso na manhã de hoje na cidade. Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), o trânsito está acima da média. Por volta das 8 horas, a capital acumulava 124 quilômetros de congestionamento.

Paralisação no transporte

O Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (SindMotoristas) rejeitou a proposta do sindicato patronal de aumento de 12,47% a partir de outubro. A categoria reivindica o aumento retroativo a partir de maio e também pede que o mesmo reajuste seja aplicado ao vale-refeição e à Participação nos Lucros e Resultados (PLR).

A decisão pela greve ocorreu depois de uma audiência de conciliação entre o sindicato dos motoristas e o sindicato patronal, realizada pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) na tarde de segunda-feira 13, acabar sem acordo.

De acordo com o TRT, o sindicato precisa cumprir uma decisão liminar que determina a operação de 80% da frota de ônibus nos horários de pico, que vão das 6 horas às 9 horas e das 16 horas às 19 horas, e pelo menos 60% nos demais horários.

Consequências

Desde as primeiras horas da manhã, os passageiros têm usado as redes sociais para mostrar o caos no transporte público da capital paulista.

Por conta da greve, a Secretaria dos Transportes Metropolitanos afirmou que os transportes metropolitanos anteciparam a oferta máxima de trens em circulação e ampliaram o horário de pico. Metrô, CPTM, ViaQuatro e ViaMobilidade estão com trens reservas em condições operacionais em todas as linhas para o atendimento à demanda. No entanto, os passageiros afirmam que a realidade é outra.

Fonte:revistaoeste.com