Prefeitura reconhece problema crônico, mas diz que poço artesiano foi atingido por ‘descarga atmosférica’ no domingo (2). Dois novos poços deve entrar em funcionamento até março.

Moradores dos bairros José Vieira Brasão, Jardim Santa Rita, Jardim Benini e dos condomínios Quebec e Torino, em Orlândia (SP), reclamam que estão sem abastecimento de água há pelo menos quadro dias consecutivos.
O problema acontece porque, segundo a Prefeitura, o sistema de bombeamento e captação de água foi atingido por uma “descarga atmosférica” no último domingo (2). Até o momento, 80% dele já foram consertados e os técnicos continuam trabalhando no local.
Tem que ficar buscando água. Não tem para fazer comida ou lavar roupa, sem nenhuma gota d’água. Nem ar sai mais das torneiras, nenhuma gota de água”, diz Edmilson Souza, que está acumulando água da chuva em baldes para dar aos animais domésticos.
Sem alternativa, a moradora Samela de Lima conta que está deixando a louça suja em cima da pia e do fogão. Já a roupa está acumulada no tanque e dentro da máquina de lavar, que não tem mais espaço para nenhuma peça.
“Na torneira da caixa já não tem mais água. Minha máquina está até transbordando de roupa. Começaram as aulas e não tem como lavar. A minha pia está com louça. Não consigo fazer almoço e nem janta porque não tenho água”, reclama.
Já a moradora Amanda Cristina Alves afirma que está levando a louça suja para lavar em uma quadra de esportes. “Tenho um pai acamado, ele está com um probleminha, e tem que tomar banho, tem que comer, mas não tem água”, diz.
Descarga Atmosférica
Em nota, a Prefeitura reconhece que os bairros citados enfrentam “problemas crônicos de abastecimento” de água. Por isso, o governo espera inaugurar até março dois poços artesianos para resolver a situação “de forma definitiva”.
Em relação às reclamações, a administração explicou que o poço artesiano que abastece essa região de Orlândia foi atingido por “uma descarga atmosférica”. Na segunda-feira (3), 80% dele já haviam sido recuperados, mas o abastecimento ocorre de forma gradativa.
“Estamos trabalhando para arrumar a última bomba deste sistema e assim restabelecer os 20% restantes”, informou.
Fonte: g1.globo.com/sp/ribeirao-preto