Nossa Senhora do Carmo é celebrada com muita fé e devoção em Ituverava

Os padres Marco Antônio Bognotti e Adriano da Silva Ramos com a imagem deNossa Senhora do Carmo

A Paróquia Nossa Senhora do Carmo preparou uma programação religiosa e festiva para comemorar a data

No próximo dia 16 de julho, católicos celebram Nossa Senhora do Carmo, Padroeira de Ituverava e uma das vestes de Maria, Mãe de Jesus Cristo.
Segundo a Igreja Católica, este é um dos títulos mais antigos dedicados à Maria, mãe de Jesus, e teve origem no século XII através de um grupo de palestinos.
A festa no 16 de julho acontece devido a aparição de Nossa Senhora a São Simão Stock, que era superior dos monges do Carmelo na época que eles eram perseguidos pelos muçulmanos e chegaram refugiados na Europa.
Ainda de acordo com a Igreja Católica, ao aparecer a São Simão, Nossa Senhora do Carmo o entregou um escapulário, que é considerado sagrado e protetor da igreja.
Além de Ituverava, Nossa Senhora do Carmo é considerada a padroeira de diversas outras cidades, como Jaboticabal, Recife e do Estado de Pernambuco.

Celebração em Ituverava
Para celebrar a padroeira da cidade, a Paróquia Nossa Senhora do Carmo preparou uma programação festival e religiosa especial.
No dia 3 de julho, teve início a tradicional Festa da Padroeira, quermesse realizada em frente à Igreja Matriz, com diversas atrações como comidas típicas, leilão de prendas, sorteio de vários brindes e muita música. O evento segue até o dia 16.
Além disso, desde o dia 7 tem sido realizada novena em honra à santa na Matriz.
A novena que se estende até o dia 15 de julho, contará com a participação de diversos religiosos ao longo dos dias, como o Bispo da Diocese de Franca, Dom Paulo Roberto Beloto e os padres Marco Antônio Bognotti, Adriano da Silva Ramos, Mauro Marçal, Adailson Ferreira Oliveira, Romão, Rogério Ruffo, Idair Perina, Diogo Augusto, Josenildo e do diácono Fernandinho do Cenáculo.
No dia 16 de julho, data em que é celebrado o Dia de Nossa Senhora do Carmo, será realizada missa em homenagem à santa na Igreja Matriz, às 8h.
A tarde, às 16h, ocorrerá procissão que sairá da Praça 10 de Março, seguida de Missa Solene.

História de Nossa Senhora do Carmo
A Ordem dos Carmelitas é uma das mais antigas na história da Igreja, embora considere o profeta Elias como o seu patriarca modelo, não tem um verdadeiro fundador, mas tem um grande amor: o culto à Maria, honrada como a Bem-Aventurada Virgem do Carmo.
O monte Carmelo era célebre no Antigo Testamento pela sua rica vegetação, mas, sobretudo, porque foi teatro de grandes acontecimentos ao tempo do profeta Elias.
Fugindo do ímpio rei Acab, Elias escondeu-se numa gruta do monte Carmelo e de lá viu a nuvenzinha da qual devia chover abundante água sobre a terra árida.
Pela oração de Elias, no monte Carmelo caiu fogo do céu sobre seu holocausto, como prova evidente que Deus estava com ele e não com os falsos profetas (1Rs 18, 1-40).
Segundo uma antiquíssima tradição, lá se formou um mosteiro de profetas à espera da vinda do Messias.
A verdade é que no monte Carmelo vivia uma comunidade de eremitas que, pelo cruzado Bertoldo, por volta do ano 1.150, foi transformado em Ordem religiosa melhor adaptada aos costumes do Ocidente.
Fugindo às perseguições dos sarracenos do século XIII, os monges emigraram mais tarde para a Europa.

Aprovação da Ordem
Na noite de 15 para 16 de julho de 1.225, a Santíssima Virgem ordenou ao Papa Honório III que aprovasse sua Ordem.
Como as perseguições não deixassem de molestar esses religiosos, São Simão Stock, seu sexto superior geral, implorou da Santíssima Virgem um sinal particular de sua proteção.
Em 16 de julho de 1.251, enquanto rezava, a Mãe de Deus apareceu acompanhada de uma multidão de anjos, segurando nas mãos o Escapulário da Ordem, como insígnia especial de seu amor maternal, e lhe disse:
“Eis o privilégio que dou a ti e a todos os filhos do Carmelo, todos o que forem revestidos deste hábito serão salvos”. Daí o nome de Festa do Escapulário dado à solenidade deste dia.
O escapulário é uma veste comum a muitas congregações religiosas, mas particularmente distintiva da Ordem dos Carmelitas.
Impõe-se hoje também um escapulário de formato pequeno a pessoas do mundo, para lhes permitir que participem das grandes Graças que a ele estão ligadas; entre outras, o privilégio sabatino.

Uso do escapulário

Em sua bula chamada Sabatina, o Papa João XXII afirma que aqueles que usarem o escapulário serão depressa libertados das penas do purgatório no sábado que se seguir à sua morte.
As vantagens do privilégio sabatino foram ainda confirmadas pela Sagrada Congregação das Indulgências, em 14 de julho de 1.908.
Numa bula de 11 de fevereiro de 1.950, Pio XII convidava a “colocar em primeiro lugar, entre as devoções marianas, o escapulário que está ao alcance de todos”; entendido como veste Mariana, esse é de fato um ótimo símbolo da proteção da Mãe celeste, enquanto sacramental extrai o seu valor das orações da Igreja e da confiança e amor daqueles que o usam.
A devoção a Nossa Senhora do Carmo é das mais antigas e espalhadas pelo mundo, sobretudo nos meios de origem espanhola.
Assim, o escapulário do Carmo hoje goza de um grande carinho do nosso povo, que o tem como verdadeira veste Mariana e sacramental valioso.
Quantos e quantos o usam com piedade e devoção? Comparável somente ao rosário, o escapulário, como nos diz Pio XII, está ao alcance de todos. Um grande privilégio que a própria Mãe de Deus concedeu aos carmelitas, do qual todos nós podemos também participar.

O que é o Escapulário?
O Escapulário do Carmo é um pequeno pano duplo de cor sépia pendurado no peito e nas costas, de lã, enlaçado por dois fios, que podem ser de qualquer material (algodão, seda, náilon, prata, ouro, etc.) e facilmente visível. O absolutamente essencial é o pano sépia de lã e duplo. Deve ser abençoado e imposto por um sacerdote só da primeira vez.