Procedimento é minimamente invasivo e garante rápida recuperação ao paciente

Desde o início do ano, a Santa Casa de Ituverava conta com um novo cirurgião do aparelho digestivo: Dr. Vinícius de Melo Barbosa, que em breve também passará a atuar no AME (Ambulatório Médico de Especialidades). Ele atende na Santa Casa às sextas-feiras, a partir das 8h, além de realizar plantões na instituição de saúde.
Dentre os procedimentos realizados por ele estão: cirurgias de urgência e emergência, do estômago, vesícula, apêndice, hérnias; biópsias (inclusive de fígado); retirada de tumores e cirurgias por vídeo (procedimento minimamente invasivo e com rápida recuperação).
Como lembra o médico, “a medicina evolui a passos largos e, nos dias de hoje, já existem diversas formas de diagnóstico e tratamento que eram simplesmente impensáveis há alguns anos. E, definitivamente, um dos avanços que potencializou os resultados de diversas operações e tornou outros procedimentos possíveis foi a videocirurgia”, observa
A realidade atual já deixou esse tipo de tecnologia absolutamente corriqueira nos centros cirúrgicos e os médicos são especializados e acostumados a manusear e a utilizar os benefícios desse equipamento, como é o caso do Dr. Vinícius de Melo Barbosa.
Videolaparoscopia
“A videocirurgia, também chamada de videolaparoscopia, é uma técnica operatória que faz uso de microcâmeras durante os procedimentos para que o médico possa visualizar o interior do organismo do paciente. Em geral, ela demanda incisões muito menores do que nas técnicas tradicionais, não ultrapassando um centímetro, na maioria das vezes”, diz.
“É importante lembrar que o equipamento também pode ser inserido nos orifícios naturais, causando muito menos incômodos e intercorrências para o examinado e para o examinador”, relata.
Dois bons exemplos bastante comuns são o exame pela boca (endoscopia digestiva alta) e do ânus (colonoscopia).
“Desde os primeiros estudos da videolaparoscopia, as vantagens do método foram evidentes, tornando o uso das microcâmeras o padrão ouro nas mais diversas áreas de medicina. Nesse contexto, a destreza dos cirurgiões ganhou nova tecnológica, que permite reproduzir os movimentos humanos com mais precisão”, destaca.
Dúvida frequente
Ainda de acordo com o médico, há uma dúvida frequente entre os sobre cirurgia por vídeo. “Muitos a definem, erroneamente, como cirurgia a ‘laser’. A videocirurgia, dentre elas a videolaparoscopia, consiste na cirurgia abdominal em que se realiza o procedimento através de visão de ótica (câmera) e pinças, que são introduzidas na cavidade abdominal através de portais por pequenas incisões na pele (punções)”, explica.
“O espaço para se conseguir operar é obtido atrás da introdução de um gás no interior da cavidade abdominal, no caso o CO2 (gás carbônico), e a cirurgia tecnicamente é feita por pinças (e não por laser)”, ressalta.
Porém, como lembra o médico, não se realizam cortes extensos no abdômen, e traz algumas vantagens, como a pessoas poder retornar ao trabalho e atividades diárias precocemente; menos dor no período pós-operatório, tempo de internação reduzido e em relação a estética. “Esse procedimento necessita de equipamento específico, e em cada tipo de cirurgia exige os materiais pertinentes”, completa.
O profissional
Dr. Vinícius de Melo Barbosa é formado em Medicina pela Universidade de Ribeirão Preto (Unaerp). Ele fez residência médica em Cirurgia pelo Hospital Beneficência Portuguesa e tem título de especialista pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Minimamente Invasiva e Robótica (SOBRACIL). Ele é casado com Stephanie Olini Soranzo de Melo

Conheça vantagens proporcionadas pela videocirurgia
Ampliação da imagem
Uma das vantagens mais evidentes da técnica de videocirurgia é que o cirurgião tem a possibilidade de ver detalhes do organismo com muito mais clareza e nitidez. Como o equipamento é dotado câmeras, isso torna possível ampliar a imagem, permitindo ter um melhor entendimento de toda a situação do paciente.
Menor risco de intercorrências
Como os cortes são muito menores e a visualização do cirurgião se torna mais clara, o número de intercorrências na cirurgia tende a ser bastante minimizado. O menor contato com o meio externo, por exemplo, reduz a possibilidade de o operado contrair uma infecção hospitalar.
Como também há menos sangramento durante o procedimento, o organismo fica mais propenso e capaz de se recuperar, tornando o pós-operatório mais rápido.
Entre outras complicações mais graves que podem ser evitadas com o uso do vídeo, podemos citar a menor possibilidade de hemorragias, implicando em menos chances de transfusões e ainda menos dor nos dias seguintes, gerando uma menor precisão de analgésicos e anti-inflamatórios.
Resultados estéticos mais harmoniosos
Não dá para negar que a questão estética seja muito importante, embora isso possivelmente não seja a preocupação principal da grande maioria das intervenções cirúrgicas.
Ainda assim, o uso da videocirurgia é muito positivo, pois ela confere bem mais exatidão dos movimentos e um tamanho limitado aos cortes, criando cicatrizes quase imperceptíveis em boa parte dos casos.