Operações do Gaeco levaram 76 criminosos pra cadeia

Franca ganhou há dez anos um núcleo do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado). O órgão do Ministério Público tem como função a prevenção e a repressão das atividades de organizações criminosas. Investiga casos como lavagem de dinheiro, roubo de cargas, tráfico de drogas e corrupção na administração pública. O Gaeco chega aos dez anos e se consolida como sinônimo de credibilidade e eficiência. E de pavor para quem se envolve com o crime.
Somente neste ano, os promotores que integram o grupo cumpriram cem mandados de busca em Franca e região. As operações, desenvolvidas em conjunto com as Polícias Militar e Civil após complexas investigações, resultaram na prisão de 76 criminosos. Fazem parte da relação traficantes, bandidos ligados ao PCC, policiais, falsificadores, empresários e políticos. “Foi um ano de muito trabalho que chega ao fim com balanço positivo. Felizmente, tivemos resultados expressivos. Embora tenha esta grande quantidade de criminosos presos, o que mais nos alegra é a qualidade do trabalho. Conseguimos deter muitas organizações criminosas”, disse o promotor Rafael Piola.
Em julho, dois ex-prefeitos de Igarapava, uma ex-servidora da Prefeitura e três empresários foram presos na operação “Pândega”. São acusados de fraudar licitações para desviar dinheiro público. Os contratos firmados com as empresas e que são alvo de investigação somaram, nos últimos quatro anos, R$ 26,4 milhões.
Também em julho o grupo prendeu um cabo da PM acusado de envolvimento com o tráfico de drogas. Segundo o Gaeco, o policial receberia dinheiro para avisar sobre operações e passar informações sigilosas aos criminosos. Um homem apontado como o maior traficante da região também foi preso. No mesmo mês, uma operação conjunta com a Polícia Civil levou 20 pessoas para a cadeia. A organização é acusada de compor uma indústria de falsificação de cosméticos e pode ter lucrado, em quatro anos, cerca de R$ 6 milhões.
Em novembro, o Gaeco participou de operação realizada pelo MP em São Paulo e Minas Gerais que resultou na prisão de 15 pessoas acusadas de corrupção e fraudes na licitação da coleta de lixo e limpeza urbana. Entre os presos, estavam o dono e funcionários da Seleta, empresa responsável pelo serviço em Franca.
As denúncias feitas pelo grupo à Justiça após o trabalho de investigação resultaram na condenação de 26 criminosos este ano. “Quase todas as condenações tiveram penas relevantes. Isto, mostra que o trabalho foi bem feito. A colaboração da sociedade é muito importante para o êxito das investigações. Denúncias podem ser feitas pelo site do Ministério Público ou pessoalmente na Gaeco. Garantimos o sigilo”, concluiu Rafael Piola.
Fonte: www.jornaldafranca.com.br