De acordo com o Dr. Fábio Farias, esse tipo de dor está presente em até 10% da população
A dor neuropática é um tipo de dor crônica que ocorre quando os nervos sensitivos do Sistema Nervoso Central ou periférico são feridos ou danificados. De acordo com o médico ortopedista, Dr. Fábio Farias, especialista em dores, esse tipo de problema está presente em até 10% da população e pode ser incapacitante, causando diferentes sensações de dor.
Em entrevista à Tribuna de Ituverava, ele destaca as principais características da dor neuropática e os tipos. “Na Mononeuropatia, quando somente um trajeto nervoso está comprometido pela doença, a dor é bem localizada e pode afetar um lado do corpo ou da região (por exemplo, um lado da perna, do tórax, da face). Às vezes, mais de um nervo pode estar envolvido, causando dores em mais de um segmento do corpo (mononeuropatia múltipla)”.
“Já na Polineuropatia, quando vários nervos estão alterados ou danificados, a dor aparece de forma generalizada, podendo, por exemplo, surgir no tronco, braços e pernas ao mesmo tempo”, disse.
Sinais e Sintomas
A dor neuropática, segundo o ortopedista, gera a sensação de incômodo evidente, que pode ser contínua (presente durante todo o tempo) ou intermitente (em crises, surgindo em horários intercalados). “A intensidade da dor varia de fraca a intolerável, dependendo do estágio da doença e do grau de comprometimento dos nervos”, observa.
Os sintomas podem trazer sensações como: queimação, agulhadas, choques e formigamento ou adormecimento. “Ter um ou mais dos sintomas da dor neuropática não significa que você necessariamente tem a doença. Em casos de suspeita, é fundamental se consultar com um médico. Apenas ele poderá avaliar o caso e dar o diagnóstico correto”, orienta
Principais causas
Entre as principais causas da dor neuropática estão: doenças infecciosas, causadas por bactérias ou vírus que podem afetar os nervos pela liberação de toxinas ou pela degeneração provocada pela presença do microorganismo e traumas, como acidentes, fraturas ou cirurgias, que podem causar lesões nos nervos que levam a dores agudas, de grande intensidade, no período pós-operatório. As dores, inclusive, podem se tornar crônicas caso não sejam tratadas adequadamente.
“Diabetes mellitus, na fase degenerativa, pode lesar a capa que reveste os nervos (chamada de “bainha de mielina”), provocando a chamada neuropatia diabética e alcoolismo e deficiência nutritiva, que afetam a função nervosa de forma significativa, podendo causar o desenvolvimento da dor neuropática, também são algumas das causas mais comuns da doença”, ressalta.
Tratamento
O tratamento da dor neuropática varia de acordo com a doença e o estágio em que ela se encontra. De acordo com Dr. Fábio, o objetivo pode ser tratar especificamente o nervo, a doença que está causando a lesão indiretamente ou a dor oriunda dessas lesões ou, somente buscar o alívio da dor.
Os tipos de tratamento mais usados são: medicamentos, como anticonvulsivantes e anestésicos e cirurgia. “Para alguns tipos específicos de dores neuropáticas, o médico pode indicar algum tratamento cirúrgico no nervo, medula espinhal ou até no cérebro”, explica.
“O objetivo do tratamento é a cura da doença ou quando não é possível, o alívio dos sintomas. O controle da dor facilita as atividades diárias, proporciona sono tranquilo, aumenta a capacidade para o trabalho e melhora a autoestima de quem tem a doença”, completa o ortopedista, Dr. Fábio Farias.
O profissional
Dr. Fábio Farias nasceu em Novo Horizonte, região de São José do Rio Preto, e é casado com a Nayara Vieira Ciampi. Ele é ortopedista pela Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), especialista em Pé e Tornozelo. Ele atua na equipe de Ortopedia da Santa Casa de Ituverava e atende na Clínica Bittar. O contato também pode ser através do Instagram @drfabiofarias ou do telefone (16) 3839-2700.
