A osteoporose é uma doença caracterizada pela perda de massa óssea, deixando os ossos fracos e porosos.
Trata-se de uma doença, inicialmente, assintomática, o que dificulta bastante o seu diagnóstico precoce.
O que é?
O médico ortopedista Dr. Guilherme Machado Mirandola (CRM 114766) explica que a osteoporose é uma doença degenerativa dos ossos, causada principalmente pelo avanço natural da idade.
“Com o tempo, o esqueleto diminui a sua capacidade natural de se regenerar e de produzir ossos novos. Desse modo, os ossos do corpo humano se enfraquecem, ficando suscetíveis a fraturas”, disse.
Causas e fatores de risco
A osteoporose é uma condição mais frequente nos idosos e em mulheres após a menopausa. No caso das mulheres, o período da menopausa ocasiona uma diminuição na produção de estrogênio, um importante hormônio que ajuda a fortalecer os ossos e mantê-los saudáveis.
Contudo, existem outros fatores que podem favorecer o surgimento da osteoporose, como: predisposição genética de ter a doença; dieta pobre em cálcio e vitamina D, tabagismo, consumo excessivo de bebidas alcoólicas e sedentarismo.
Outros fatores que podem contribuir para doença são o uso de determinados medicamentos (como aqueles à base de corticoides), diabetes, disfunções na tireoide, artrite reumatoide e doenças inflamatórias do intestino que podem fragilizar os ossos.
Sintomas da osteoporose
Como dito no início do artigo, a osteoporose é silenciosa e não apresenta sintomas iniciais. Em geral, os sinais só aparecem quando a doença já está em um estágio mais avançado, quando acontece alguma fratura ou quando ocorre alguma dor decorrente de um osso fraco ou poroso.
“O mais indicado, portanto, é que você realize um check-up médico regularmente, principalmente se tiver 40 anos ou mais, ou se possui algum dos fatores de risco que apresentamos acima”, recomenda.
A osteoporose, uma vez instalada, não tem cura. Entretanto, a boa notícia é que é possível tratá-la de forma a evitar que a doença evolua, buscando formas de fortalecer os ossos e evitando que aconteça alguma fratura.
Como é feito o diagnóstico?
Primeiramente, o médico irá realizar uma avaliação geral do paciente, analisando seu histórico clínico e familiar, e investigando seu estilo de vida e hábitos alimentares.
“Essa etapa é importante porque a deficiência de alguns nutrientes importantes corresponde a uma das principais causas da doença”, explica.
Contudo, a melhor maneira do médico detectar a osteoporose é realizando o exame de densitometria óssea. “Trata-se de um exame de imagem simples e muito eficaz, que avalia a densidade mineral óssea do corpo e aponta se há, de fato, uma perda de massa óssea que pode evoluir para a osteoporose”, destaca.
“Essa condição pré-clínica é chamada de osteopenia, que é um estágio anterior a osteoporose”.
Quem pode fazer o exame de densitometria óssea?
Em geral, o exame de densitometria óssea está indicado para todas as mulheres após a menopausa, e para homens acima dos 60 anos.
Além disso, pessoas que já sofreram alguma fratura, que usam determinados medicamentos que aumentam o risco da doença (como glicocorticoides ou anticonvulsivantes), ou que têm alguma doença que pode comprometer a densidade óssea, também podem realizar o exame com certa periodicidade, conforme prescrição médica.
“Seja qual for o caso, recomenda-se que o check-up médico seja seguido à risca anualmente, a fim de detectar qualquer doença silenciosa, como a osteoporose”, recomenda o ortopedista.