Os usuários também podem encontrar na página informações sobre as vacinas do Butantan e da Fiocruz
O Governo de São Paulo disponibilizou um tira-dúvidas sobre vacinação no site Vacina Já (www.vacinaja.sp.gov.br), no qual os cidadãos realizam o pré-cadastro para serem atendidos com mais agilidade na hora da imunização contra a Covid-19.
O FAQ reuniu os principais questionamentos recebidos pelo Governo de SP sobre o tema nas redes, entre eles estão o uso de máscara depois de a pessoa ser imunizada, as medidas a serem tomadas no intervalo das doses, contraindicações e efeitos colaterais.
Os usuários também encontram informações sobre as vacinas do Butantan e da Fiocruz, como quem pode tomar cada uma delas, quantas doses são necessárias e em quanto tempo a pessoa fica protegida após a imunização.
A página ainda dispõe de uma série de sete vídeos em que a infectologista do Instituto Emílio Ribas, Dra. Rosana Richtmann responde a perguntas frequentes, como o uso de máscara após a vacinação, contraindicações da vacina, intervalo de aplicação das doses e efeitos colaterais.
Confira algumas das dúvidas mais comuns
- Quem pode se vacinar contra a Covid-19?
Resposta: As vacinas contra a Covid-19 que foram aprovadas pela ANVISA, até o momento, para uso emergencial no Brasil são das Farmacêuticas Sinovac/Butantan e AstraZeneca/Fiocruz que recomendam sua utilização em pessoas a partir de 18 anos de idade e que não tenham contraindicações médicas (confira os tópicos com informações sobre cada uma). Considerando a disponibilidade limitada de doses das vacinas faz-se necessária a definição de grupos prioritários para a vacinação.
Nesse cenário os grupos de maior risco para agravamento e óbito, além da força de trabalho para manutenção do funcionamento dos serviços de saúde e dos serviços essenciais serão priorizados. É importante respeitar o cronograma da campanha de vacinação, esperando o momento indicado para o público-alvo do qual você faz parte. Confira informações sobre as fases da campanha no site https://vacinaja.sp.gov.br/. - Se eu já tive Covid-19, preciso me vacinar?
Resposta: Sim. A vacinação é recomendada para todas as pessoas aptas a receber o imunizante, inclusive as que já tiveram Covid-19. Embora a maioria das pessoas que tiveram a doença tenham gerado resposta imune, nem sempre essa resposta é protetora ou duradoura. Portanto, as pessoas que tiveram Covid-19 devem receber a vacina.
Entretanto, recomenda-se o adiamento da vacinação nas pessoas com sintomas respiratórios até a recuperação clínica total – pelo menos quatro semanas após o início dos sintomas ou quatro semanas a partir do primeiro resultado positivo do exame, mesmo que a pessoa estivesse assintomática (sem sintomas).
- Posso parar de usar máscara depois de vacinado?
Resposta: Não. Medidas como o uso da máscara e a higienização das mãos continuam fundamentais para evitar a transmissão do vírus. Por isso, todas as pessoas, inclusive as vacinadas, devem continuar seguindo as medidas de prevenção individual e coletiva. - Por que algumas vacinas requerem a aplicação de duas doses?
Resposta: Há diversas vacinas que precisam ser aplicadas neste modelo para que seja completado o chamado “esquema vacinal” e conferir a proteção adequada. Assim, as vacinas contra a Covid-19 utilizadas no país atualmente possuem esquema vacinal de duas doses, que deve ser completado, respeitando-se os intervalos entre as doses para obter a resposta imune esperada para a prevenção da doença. - No caso das vacinas com duas doses, quais medidas devo tomar no intervalo entre a primeira e a segunda dose?
Resposta: Todas as precauções continuam ser necessárias sempre, independentemente da vacinação. Uso de máscara, higienização das mãos (com água e sabão ou álcool gel) e distanciamento social continuam fundamentais. - Posso tomar a primeira dose de uma vacina e a segunda dose de outro laboratório?
Resposta: Não é recomendado o uso de vacinas diferentes, conforme indicam as bulas dos laboratórios (Butantan e Fiocruz). Portanto, o esquema vacinal deverá ser iniciado e concluído com a mesma vacina. - Qual a diferença entre eficácia e segurança?
Resposta: O desenvolvimento de uma vacina segue altos padrões de exigência e qualidade em todas as suas fases, o que inclui a pesquisa inicial, os testes em animais e humanos sob rigoroso protocolo de procedimentos éticos, até o processo de avaliação de resultados pelas agências reguladoras governamentais. Os estudos de segurança e eficácia são realizados antes do registro e aprovação das vacinas pelos órgãos regulatórios de um país – no caso do Brasil, é a ANVISA.
Estudo de segurança avalia se a vacina provocará eventos adversos após sua aplicação, qual tipo e gravidade, ou seja, avalia quão segura a vacina é. Enquanto, os estudos de eficácia tem o objetivo de avaliar se a vacina realmente protege da doença no público-alvo ao qual ela se destina, ou seja, aponta a capacidade de resposta imune. - Quantas doses são necessárias e qual o intervalo de tempo entre as aplicações?
Resposta da CoronaVac: O esquema vacinal completo é composto por duas doses. Conforme os estudos clínicos e indicação na bula, o intervalo entre a primeira e a segunda deve ser de 14 a 28 dias para aplicação da segunda dose.
Resposta da FioCruz: O esquema vacinal é composto por duas doses. A segunda dose deve ser administrada 12 semanas após a primeira.
- Quais os efeitos colaterais da vacina? Quanto tempo eles duram?
Resposta da CoronaVac: Não foram registrados eventos adversos graves e de interesse especial após aplicação. O evento adverso mais comum observado durante os estudos clínicos foi dor no local da aplicação. Algumas pessoas apresentaram febre, dor muscular, náusea e dor de cabeça. Ocorreram reações alérgicas em apenas 0,3% dos participantes do estudo alguns dias após a aplicação e não foi observada reação anafilática (reação alérgica grave).
Resposta da FioCruz: As reações adversas mais frequentes reportadas nos estudos clínicos foram sensibilidade e/ou dor no local da injeção, dor de cabeça e/ou muscular e/ou na articulação, fadiga, mal estar, febre, calafrios e náusea. A maioria foi de intensidade leve a moderada e geralmente resolvida dentro de poucos dias após a vacinação.
Em comparação com a primeira dose, as reações foram mais leves e menos frequentes após a segunda dose. Medicamentos analgésicos e/ou antitérmicos podem ser usados para proporcionar alívio das reações adversas após a vacinação.
- Após tomar a vacina, depois de quanto tempo estarei protegido? Quanto dura a proteção?
Resposta da CoronaVac: Os anticorpos devem ter níveis adequados duas semanas após a segunda dose. Por ser uma vacina nova, ainda não está determinada a duração da resposta imune. O Butantan realiza estudos neste sentido.
Resposta da FioCruz: Os anticorpos devem ter níveis adequados duas semanas após aplicação da vacina. Por ser uma vacina nova, ainda não está determinada a duração da resposta imune.
- Após tomar a vacina, há chances de eu ser assintomático e transmitir o vírus?
Resposta da CoronaVac: Sim. Como os vacinados demoram cerca de duas semanas para atingir níveis adequados de proteção após a segunda dose, mesmo que vacinado, se você estiver infectado poderá transmitir o coronavírus para outras pessoas. Para evitar a transmissão, é fundamental utilizar máscara, manter o distanciamento social e a higienização correta das mãos.
Resposta da FioCruz: Sim. Como os vacinados demoram cerca de duas semanas para atingir níveis adequados de proteção após a segunda dose, mesmo que vacinado, se você estiver infectado poderá transmitir o coronavírus para outras pessoas. Para evitar a transmissão, é fundamental utilizar máscara, manter o distanciamento social e a higienização correta das mãos.
- Quanto tempo após a infecção pelo coronavírus, posso receber a vacina?
Resposta da CoronaVac: A orientação é aguardar a melhora dos sintomas. Recomenda-se o adiamento da vacinação nas pessoas até a recuperação clínica total e pelo menos quatro semanas após o início dos sintomas ou quatro semanas a partir do primeiro resultado positivo do exame, mesmo que a pessoa estivesse assintomática (sem sintomas).
Resposta da FioCruz: A orientação é aguardar a melhora dos sintomas. Recomenda-se o adiamento da vacinação nas pessoas até a recuperação clínica total e pelo menos quatro semanas após o início dos sintomas ou quatro semanas a partir do primeiro resultado positivo do exame, mesmo que a pessoa estivesse assintomática (sem sintomas).