Vacina contra febre amarela tem tido grande adesão em Ituverava

Paciente é vacinado em posto de saúde

O aumento de casos de febre amarela no Estado de São Paulo desencadeou uma série de ações para buscar meios de tratar a doença e produzir avanços na identificação de áreas que podem ser atingidas pelo vírus.
Depois dos transplantes de fígado em pessoas que desenvolveram a forma grave da doença, realizados no Hospital das Clínicas e na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), pacientes de São Paulo e de Minas Gerais começaram neste mês a receber tratamento com um remédio para hepatite C, técnica que será estudada por pesquisadores dos dois Estados para ver se é possível começar a tratar a doença utilizando medicamentos. A febre amarela não tem tratamento específico.
“Percebeu-se que o vírus da febre amarela é do mesmo grupo da hepatite C. A primeira possibilidade foi avaliar se era possível fazer a mesma coisa com o vírus da febre amarela”, explica o secretário de Estado da Saúde, David Uip.

Vacinação em Ituverava
Enquanto médicos e cientistas trabalham para encontrar um possível tratamento para a doença, a população deve se lembrar sobre a importância da vacina contra a febre amarela.
Em Ituverava, as vacinas são oferecidas em todos os postos de saúde, em doses únicas, e são destinadas às pessoas que nunca se vacinaram contra a doença. Somente no mês de janeiro, foram aplicadas quase 300 doses no município.
“A vacina tem 99% de eficiência garantida, daí a importância de a população buscar se vacinar, caso ainda não o tenha feito”, afirma a chefe das campanhas de vacinação do município, a enfermeira Ione Márcia Mendonça de Castro.
“Também é essencial que a população mantenha a limpeza de suas casas e de seus terrenos, visando evitar criadouros do mosquito Aedes aegypti, que nas áreas urbanas é o responsável por transmitir a doença”, completa Ione.

Quem não deve tomar nenhuma das doses?
Crianças com menos de seis meses não devem tomar sob nenhuma hipótese. Na idade de seis a nove meses, apenas se houver indicação médica. A imunização é contraindicada também para pacientes imunodeprimidos por alguma doença ou tratamento, como quimioterapia, e pessoas com alergia grave a ovo.
Grávidas, a princípio, devem evitar, a não ser que o risco de contrair o vírus seja alto. Se for uma gestante que mora num sítio onde um macaco morreu por febre amarela, por exemplo, vale a pena vacinar.
No caso de idosos, eles devem passar por uma avaliação médica que determinará se podem ou não receber a vacina”, ressalta.