Paroquianos de Ituverava realizam peregrinação à Itália durante o Jubileu

Ituveravenses na Cidade de Loreto, onde encontra-se a casa de Nossa Senhora

A viagem teve início no final de outubro e percorreu cidades italianas de grande importância histórica e religiosa

Em comunhão com a Igreja Católica em todo o mundo, um grupo de 45 fiéis da Paróquia São João Batista de Ituverava participou de uma peregrinação à Itália, guiada pelo pároco Adailson Ferreira Oliveira, por ocasião do Jubileu 2025, proclamado pelo Papa Francisco com o tema “Peregrinos da Esperança”.
O Jubileu, celebrado a cada 25 anos, é um tempo especial de graça, perdão e renovação espiritual, marcado por peregrinações, confissões e passagem pela Porta Santa nas principais basílicas de Roma.

Roteiro
A viagem dos ituveravenses teve início no final de outubro e percorreu cidades italianas de grande importância histórica e religiosa.
A primeira parada foi em Assis, onde o grupo visitou as basílicas de São Francisco e Santa Clara, além de rezar diante do corpo de Carlo Acutis, jovem recentemente canonizado.
Em seguida, os peregrinos visitaram Cássia, onde repousa o corpo de Santa Rita, e Lanciano, local do famoso milagre eucarístico ocorrido no século VIII.
O roteiro também incluiu San Giovanni Rotondo, com o corpo de São Padre Pio; Monte Galgani; Loreto — onde se encontra a Casa de Nossa Senhora — e Monte Cassino, onde está sepultado São Bento.

Sede do cristianismo
O ponto alto da peregrinação foi a chegada a Roma, destino final da viagem jubilar.
Lá, o grupo participou de missas nas basílicas São João de Latrão, São Paulo Fora dos Muros e Santa Maria Maior, passando pela Porta Santa, um dos gestos centrais do Ano Santo.

Encontro com o Papa
No dia 5 de novembro, os peregrinos tiveram a graça de participar de uma audiência com o Papa Leão XIV, ouvindo sua catequese e recebendo sua bênção apostólica.
À tarde, o grupo concluiu sua jornada espiritual ao atravessar a Porta Santa da Basílica de São Pedro, encerrando oficialmente a peregrinação.
“Foi um momento de muita emoção ver o Papa Leão e celebrar este Ano Jubilar em Roma. Penso que foi um tempo de renovação da fé para mim e para todos os peregrinos da Paróquia São João Batista”, destaca o Padre Adailson.

Testemunho de fé: Ituveravense compartilha vivência no Jubileu 2025

A ituveravense Maria Auxiliadora Avanci Teixeira, que participou da peregrinação jubilar à Itália com a Paróquia São João Batista, compartilha seu emocionante testemunho de fé e de encontro com Deus durante o Jubileu 2025.
“Minha peregrinação começou muito antes da partida para a Itália. Foram dias de oração, entrega e abandono, confiante a tudo o que estava por vir. Não procurei imagens na internet, nem quis antecipar o que veria. Desejei que cada momento fosse inédito, vivido com o olhar da alma”, explica.
“Logo no início, na beleza deslumbrante de Assis, encontrei-me com a simplicidade de São Francisco e de Santa Clara”.
“Ali confirmei minha convicção de que peregrinar é, sim, caminhar com os pés, mas que o verdadeiro movimento acontece dentro de nós, no íntimo do coração”.
“Foi impossível estar diante de Santa Rita — tão delicada e tão amada — sem sentir um aconchego profundo na alma, um convite silencioso à confiança e à entrega ao amor de Deus”.

Emoção inexplicável
“Diante de tantos outros santos que visitamos, muitas vezes bastava contemplar. A oração brotava naturalmente, envolta em uma emoção inexplicável, no mais humilde ato de fé”, emociona-se.
“Contemplar cada santo revelou uma verdade simples: a santidade é possível. É um chamado feito a todos nós, a ser vivido em nossas escolhas, no amor e na entrega a Deus. Roma traduz, por meio de suas basílicas e dos milhares de peregrinos, a grandeza da nossa fé católica. Ali senti pulsar o coração da Igreja”, observa Maria Auxiliadora.

Momento de emoção e renovação da fé
“Participar da audiência com o Papa Leão trouxe uma profunda consciência de que Jesus nos deixou o sucessor de Pedro — que estava bem à nossa frente. Foi um momento de emoção e renovação da fé, traduzida em inúmeras línguas. O sentimento era de que o amor a Deus nos une como Igreja”, afirma.
“Já havíamos passado por outras portas em Igrejas Jubilares, mas a Porta Santa da Basílica de São Pedro era o nosso maior ‘
“À frente, uma cruz e o Padre Adailson; atrás, nós, peregrinos da esperança, seguindo firmes em oração, canto, gratidão, alegria, entrega e fé. Segurar a cruz por alguns momentos, vislumbrando a Basílica, foi emocionante!”
“Antes de cruzar a Porta Santa, era o momento de ajoelhar-se, tocá-la e humildemente dizer a Deus a que viemos: “Eis-me aqui, Senhor”, dando-Lhe graças por Seu amor e misericórdia. A grandeza daquele lugar de oração reflete a grandeza de Pedro, que derramou seu sangue por Cristo e foi o nosso primeiro Papa”.

Momento de entrega

Ainda segundo Maria Auxiliadora “em oração e em silêncio, vivi o momento de entrega — de curvar o corpo e a alma diante da misericórdia de Nosso Senhor. A experiência do perdão suscitou uma profunda ação de graças e o propósito de renovar o compromisso com o Evangelho, reconciliando-me com Deus”.
“Participar do Jubileu, rezando por mim e por tantos outros, foi uma experiência de fé única. Trago lembranças guardadas no íntimo do meu ser, pedindo a graça de caminhar com os pés e o coração voltados para Deus em todos os momentos da vida. Essa é a minha esperança, que coloco por completo em meu Senhor”, afirma a devota.