Agora, até a mala de mão tem preço nos voos… e a cobrança não está agradando

Na prática, é como se as companhias estivessem adotando a opção de modo low cost, em que tarifas mais baratas incluem menos benefícios

Talvez você se lembre da época em que o custo de viajar se limitava ao preço da passagem. O restante — bagagens despachadas, escolha de assentos e até lanchinhos — já vinha incluso.

“Bons tempos que não voltam mais”. Uma polêmica está gerando debate, depois que as principais companhias brasileiras anunciaram uma nova modalidade de tarifa “básica”, que não inclui a mala de mão de 10 kg.

Nessa categoria, o passageiro só pode levar um item pessoal, como mochila ou bolsa. Se quiser levar mais bagagem, vai precisar pagar.

Segundo as empresas, o objetivo é padronizar o embarque e reduzir atrasos causados pelo excesso de bagagens na cabine — aquele tumulto antes do voo de todos tentando achar um espaço para a mala.

Low cost

Na prática, é como se as companhias estivessem adotando a opção de modo low cost, em que tarifas mais baratas incluem menos benefícios, e em que cada serviço extra é cobrado à parte. Só que o novo modelo não está agradando…

O presidente da Câmara, Hugo Motta, classificou a medida como “abuso” e prometeu votar com urgência um projeto de lei que proíbe cobranças adicionais pela bagagem de mão.

O texto propõe que os passageiros possam levar gratuitamente uma mala de até 10 kg e um item pessoal, tanto em voos domésticos quanto internacionais.

Somente no 1° semestre deste ano, quase 62 milhões de passageiros passaram pelos aeroportos do país — alta de 10% em relação a 2024.

Estima-se que as cobranças extras — de bagagens a assentos, Wi-Fi, upgrades e até comida a bordo — movimentem US$ 145 bi no mundo todo em 2025, o equivalente a 14% de toda a receita do setor aéreo.

Fonte : jornaldafranca.com.br