
Terminou ontem, 3 de maio, a Agrishow 2019, principal feira de agronegócio do país, que neste ano, em sua 26ª edição, contou com a participação de mais de 800 marcas nacionais e internacionais e presença de cerca de 150 mil visitantes vindos do Brasil e do exterior.
Entre as atrações da feira, realizada em Ribeirão Preto, estavam a Arena do Conhecimento, palco de apresentações de novas tecnologias e tendências; a Arena de Demonstrações de Campo, com a demonstração de cultivos e tratos de horticultura e de máquinas e produtos inovadores para o agro; a Arena de Inovação, um espaço destinado a startups do agronegócio e voltado à conectividade no campo; a Arena do Produtor Artesanal, que reuniu produtores de café, cachaça, doces e embutidos; e o Lounge Jurídico, onde os visitantes puderam tirar suas dúvidas legais.
Expansão de negócios
Embora os números em negócios feitos ao longo da feira ainda não tenham sido contabilizados, a organização estima algo em torno de R$ 2,97 bilhões em negócios, número 10% maior do que no ano passado.
A abertura da Agrishow, na última segunda-feira, 29 de abril, reuniu diversas autoridades, entre elas o presidente Jair Bolsonaro; o governador João Doria e os ministros da Agricultura, Tereza Cristina, do Meio Ambiente, Ricardo Salles e o deputado federal Arnaldo Jardim.
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Em seu discurso, Bolsonaro afirmou que seu governo está fazendo estudos para conceder e privatizar portos e defendeu que a propriedade privada é sagrada.
“Vocês, do campo, precisam de ajuda em alguns setores, não apenas que o Estado não atrapalhe, precisam de ajuda. Agradeço aqui o nosso prezado Rubem Novaes, presidente do Banco do Brasil, que traz 1 bilhão de reais para investir nessa área”, disse o presidente.
“Eu apenas apelo, Rubens – me permite fazer uma brincadeira aqui, né? –, eu apenas apelo para o seu coração, para o seu patriotismo, para que esses juros – tendo em vista você parecer um cristão de verdade – caiam um pouquinho mais. Tenho certeza que as nossas orações tocarão o seu coração”, ressaltou o presidente.
Bolsonaro também disse à plateia de representantes do agronegócio que será disponibilizado mais R$ 1 bilhão para o seguro rural.
O presidente ainda defendeu a realização de uma reforma agrária “sem viés ideológico” que deve começar pelo que ele chamou de “lotes ociosos”.
O presidente disse que deve entrar na pauta da Câmara dos Deputados na próxima semana uma proposta que estende a posse de armas para toda a extensão da propriedade rural e disse que a defesa da propriedade privada é uma forma de garantir a segurança jurídica no campo. “A propriedade privada é sagrada e ponto final”, completou.