Após mudanças no Plano SP, nove regiões passam para a fase amarela de reabertura no estado

Grande São Paulo Oeste foi a única região que regrediu e passou da amarela para a fase laranja. Ribeirão Preto e Piracicaba foram direto da fase vermelha para amarela

Atualização do Plano São Paulo nesta sexta-feira (7 de agosto). — Foto: Divulgação/Governo de SP

O governo de São Paulo atualizou nesta sexta-feira (7) a situação das regiões no Plano São Paulo de reabertura gradual das atividades econômicas e anunciou que nove regiões avançaram para a fase amarela, que permite o funcionamento de bares, restaurantes, comércio e outras atividades não essenciais. Apenas uma região foi rebaixada.

A mudança feita pela gestão João Doria (PSDB) nas regras de ocupação de leitos de UTI e margem de erro nos critérios de evolução da epidemia permitiu que as regiões fossem para a fase amarela com mais facilidade. Entre elas Ribeirão Preto e Piracicaba, que estavam na fase vermelha na última sexta-feira (31) devido ao alto índice de ocupação hospitalar, e foram agora direto para a fase amarela.

Com a nova classificação, 86% da população do estado está agora na fase amarela. Embora a meta inicial para a volta da aulas presenciais tenha sido alcançada, o governo decidiu adiar o retorno às escolas no estado para 7 de outubro.

As regiões de Araçatuba, Marília, Bauru, Sorocaba, Taubaté, Campinas, e São João da Boa Vista passaram da fase 2 (laranja) para a fase 3 (amarela) nesta sexta-feira (7). Já as regiões de Piracicaba e Ribeirão Preto, migraram direto da fase 1 (vermelha), em que apenas serviços essenciais são permitidos para a fase amarela.

A única região que regrediu nesta sexta foi a Grande São Paulo Oeste (Barueri, Carapicuíba, Itapevi, Jandira, Osasco, Pirapora de Bom Jesus, Santana do Parnaíba), que passou da fase amarela para a fase laranja. Com isso, a área se junta à subregião Norte da Grande São Paulo (Caieiras, Cajamar, Francisco Morato, Franco da Rocha, Mairiporã), que já estava na fase laranja e permaneceu.

O restante da Grande São Paulo, incluindo a capital, permanece estável na fase amarela.

As alterações do Plano São Paulo acontecem a cada 2 semanas, quando é permitido que as regiões evoluam de fase. No entanto, caso exista piora nos índices, as regiões podem regredir na semana de intervalo.

Essa foi a primeira reclassificação no Plano São Paulo após as mudanças de critério feitas pela gestão no dia 27 de julho, que alteraram critérios os índices monitorados, como por exemplo, o percentual máximo de leitos de UTI ocupados permitidos nas fases amarela e verde.

Principais alterações nos critérios de classificação do Plano São Paulo:

  • Taxa máxima de ocupação de UTI para uma região passar da fase laranja para a amarela passou de 70% para até 75%.
  • Taxa máxima de ocupação de UTI para uma região passar da fase amarela para a verde passou de 60% para um percentual entre 70% e 75%.
  • Regiões estão impossibilitadas de avançarem ou regredirem de fase por ponto percentual, por isso, a gestão desenvolveu uma margem de erro de 0,1 para critérios de evolução da epidemia e de 2,5 para capacidade do sistema de saúde.
  • Foram acrescentados os critérios de óbito e internação para cada 100 mil habitantes para que uma região passe da fase amarela para a verde.
  • Regiões devem passar 28 dias consecutivos na fase amarela antes de evoluírem para a fase verde.

Regiões na fase vermelha:

  • Franca
  • Registro

Regiões na fase laranja:

  • Sub-região Oeste da RMSP
  • Sub-região Norte da RMSP
  • São José do Rio Preto
  • Barretos
  • Presidente Prudente

Regiões na fase amarela:

  • Baixada Santista
  • Município de São Paulo
  • Sub-região Leste da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP)
  • Sub-região Sudeste da RMSP
  • Sub-região Sudoeste da RMSP
  • Araraquara
  • Araçatuba
  • Ribeirão Preto
  • Piracicaba
  • Bauru
  • Marília
  • Sorocaba
  • São João da Boa Vista
  • Taubaté
  • Campinas

Plano São Paulo

Para começar a reabertura do estado em 1º de junho o governo dividiu o território de acordo com as 17 Divisões Regionais de Saúde (DRS). Grande São Paulo foi subdividida em outras 6 regiões, uma para a capital e outras 5 para cada grupo de cidades da Região Metropolitana. A flexibilização da quarentena é feita de modo diferente em cada uma dessas regiões.

Os critérios que baseiam a classificação das regiões são:

  • ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTIs);
  • total de leitos por 100 mil habitantes;
  • variação de novas internações, em comparação com a semana anterior;
  • variação de novos casos confirmados, em comparação com a semana anterior;
  • variação de novos óbitos confirmados, em comparação com a semana anterior.
  • Na fase verde também é considerado óbitos e casos para cada 100 mil habitantes;

Esses critérios definem em qual das cinco fases de permissão de reabertura a região se encontra:

  • Fase 1 – Vermelha: Alerta máximo
  • Fase 2 – Laranja: Controle
  • Fase 3 – Amarela: Flexibilização
  • Fase 4 – Verde: Abertura parcial
  • Fase 5 – Azul: Normal controlado

Fonte: www.g1.globo.com