Após finalizar mestrado, Maria Eduarda Impaléa continua sua carreira no exterior após anos de dedicação ao tênis
Desde a infância, a ituveravense Maria Eduarda Impaléa (“Duda”) despertou a atenção da imprensa regional por suas expressivas conquistas no tênis.
Aos 18 anos, já acumulava mais de uma década de premiações em competições locais, estaduais e nacionais.
Em 2018, ganhou destaque ao conquistar uma bolsa de esportes para cursar o Ensino Superior nos Estados Unidos, iniciando uma trajetória acadêmica e esportiva que, anos depois, se revelaria ainda mais sólida e inspiradora.
Da infância nas quadras ao sonho internacional
O tênis entrou na vida de Maria Eduarda quando ela tinha apenas 7 anos. Desde então, a atleta cresceu nas quadras, participando de torneios infantojuvenis em todo o Brasil e dedicando-se intensamente aos treinos.
A rotina exigente — que incluía abrir mão de fins de semana e viagens com a família — foi fundamental para que alcançasse o tão almejado objetivo: estudar fora do país por meio do esporte.
“Durante essa caminhada, vivi muitas conquistas, viagens e uma rotina intensa de treinos, que fez parte da minha formação não só como atleta, mas como pessoa”, conta Duda.
Início de um sonho
Em 2018, Maria Eduarda embarcou para os Estados Unidos para cursar Psicologia na University of Mount Olive, na Carolina do Norte.
A mudança representou um grande desafio: adaptação cultural, idioma, rotina intensa de treinos e uma carga acadêmica exigente.
A universidade competia na Divisão II (DII) da Liga Universitária Americana, um nível considerado de forte desempenho no tênis.
Dificuldades
“Além dos jogos e viagens todos os fins de semana, havia uma carga acadêmica exigente”.
“Também precisei lidar com o choque cultural: meu time tinha pessoas da Espanha, Inglaterra, África do Sul, Colômbia, Equador, Venezuela, Chile, Alemanha, Itália, Argentina, Índia, Turquia e Ucrânia”, relata.
“A adaptação à comida foi um grande desafio nos primeiros seis meses, assim como a questão da língua, porque, além do sotaque americano, cada estudante internacional tinha sotaques completamente diferentes”, observa.
Apesar das dificuldades, a jovem ituveravense com garra manteve desempenho exemplar e concluiu o curso com GPA 4.0, a nota máxima possível no sistema educacional americano.
Mestrado e novos desafios
Após a graduação, Maria Eduarda conquistou uma bolsa integral de mestrado em Liderança no Carthage College, na cidade de Kenosha, Wisconsin.
Neste período, atuou como Assistente Coach do time de tênis da instituição.
A atleta enfrentou temperaturas extremas, chegando a –30 °C, além da saudade de casa e de uma rotina acadêmica ainda mais rigorosa.
Mesmo assim, manteve a resiliência que marcou sua trajetória desde a infância e concluiu o mestrado em maio de 2025.
Atualmente, Duda permanece nos Estados Unidos por meio do visto de trabalho destinado a estudantes internacionais que finalizaram seus estudos, um passo importante para sua consolidação profissional no exterior.
Disciplina e inspiração
Ao olhar para sua trajetória, a ituveravense destaca que o tênis foi determinante não apenas para abrir portas no mundo acadêmico, mas também para seu crescimento pessoal.
Para ela, o esporte ensinou valores como disciplina, foco, organização e a capacidade de lidar com pressão — habilidades que levará para toda a vida.
A atleta aconselha jovens que sonham em trilhar o mesmo caminho.
“Muitas pessoas me perguntam como seguir esse caminho e o que é necessário fazer. O que eu digo a elas, e diria a qualquer jovem, é: acredite no processo, mesmo quando ninguém está olhando. As oportunidades aparecem para quem se dedica todos os dias, e não apenas nos momentos de motivação”, afirma Maria Eduarda.
“Além disso, o esporte pode ser ponte para o mundo”.
“Treine com seriedade, cuide da parte acadêmica e entenda que as universidades americanas valorizam estudantes que unem disciplina atlética e excelência nos estudos”, recomenda a nova psicóloga.
ENCORAJAMENTO
Maria Eduarda também encoraja quem deseja estudar fora a enfrentar o medo e viver essa experiência.
“Não tenha medo de começar longe de casa. Os desafios no exterior são grandes, mas as oportunidades também”, sublinha.
“Crescemos quando saímos da zona de conforto. E mais: se eu consegui chegar até aqui, vindo de uma cidade do interior e movida por um sonho nascido aos 7 anos, qualquer jovem também pode, desde que esteja disposto a trabalhar duro, ser resiliente e acreditar na própria história”, finaliza.
Família da ituveravense
A jovem ituveravense Maria Eduarda Impaléa (“Duda”), que reside na Carolina do Norte, nos Estados Unidos, mostra que sua trajetória vitoriosa é um exemplo de personalidade, caráter, resiliência e competência.
Maria Eduarda é filha de João Sérgio Impaléa e Cláudia Beatriz Garcia Impaléa.


