
CRN 50589
Nutricionista clínica e infantil com formação em Neuropsiquiatria Nutricional e Seletividade Alimentar Infantil
Rua João José de Paula, 86
(16) 99287-6072
A seletividade alimentar infantil ou Transtorno Alimentar Restritivo Evitativo (TARE) refere-se à dificuldade persistente de uma criança aceitar e manter uma variedade adequada de alimentos, com recusas frequentes de certos grupos alimentares como vegetais, proteínas e laticínios e texturas, cores ou consistências, levando a refeições desequilibradas.
Apresentando comportamentos confundidos com teimosia: pode envolver fatores sensoriais, emocionais, familiares e médicos. As dificuldades de mastigação, deglutição ou autorregulação também podem acompanhar a seletividade, impactando o consumo energético.
A ansiedade associada ao novo alimento pode se manifestar como rejeição, choro, resistência ou irritabilidade durante as refeições. É importante identificar sinais de alerta: ganho de peso insuficiente, atraso no crescimento ou sinais de psicossocial prejudicados pela alimentação.
O tratamento envolve observação cuidadosa, avaliação do histórico alimentar, suplementação e estabelecimento de metas realistas para a família. Estratégias eficazes incluem exposição gradual, repetição sem pressão e modelagem de comportamentos alimentares.
Reintrodução de alimentos com diferentes texturas, apresentação visual e combinações neutras pode reduzir resistência.
Seletividade alimentar e TARE
A diferença entre seletividade alimentar e TARE (Transtorno Alimentar Restritivo Evitativo) está na gravidade, impactos funcionais e presença de sofrimento significativo. A seletividade é muitas vezes restrita e consciente, sem sofrimento intenso ou prejuízo severo no funcionamento diário.
Já o TARE envolve negação persistente de variados grupos alimentares, ansiedade extrema e prejuízos acentuados ao crescimento e à saúde. Causas comuns, fatores sensoriais: aversões a texturas, cheiros ou cores de alimentos.
Fatores psicológicos: ansiedade associada a refeições, rigidez, necessidade de controle.
Fatores familiares: padrões de repetição de alimentos, alimentação circunstancial, pressão para comer.
Fatores médicos: refluxo gastroesofágico, alergias, intolerâncias, dor ao engolir, distúrbios digestivos. Fatores neurológicos/desenvolvimentais: TDAH, transtornos do espectro autista (TEA) podem aumentar a seletividade.
Em todos os casos, a avaliação nutricional e multidisciplinar ajuda a traçar plano individualizado, respeitando o ritmo da criança e apoiando famílias com empatia.