Durante a celebração da missa, também foi apresentado o Vigário Paroquial, padre Wellington Teruel
E m missa celebrada na Igreja São Pedro e São Pedro e São Paulo, na noite de ontem, sexta-feira, 27 de janeiro, com a presença do Bispo da Diocese de Franca, Dom Paulo Beloto, o padre Marco Antônio Bognotti foi empossado como novo pároco da Paróquia Nossa Senhora do Carmo.
Natural de Franca, o padre de 60 anos, foi ordenado em 1994 e, antes de ser nomeado para Ituverava, atuou nas paróquias de Patrocínio Paulista, Guará, Santana, Cristais Paulista e Santa Rita.
Durante a celebração, também foi apresentado o Vigário Paroquial, Padre Wellington Teruel e na sequência, foi realizada uma recepção de boas-vindas no Salão Paroquial da Igreja com a participação da comunidade.
Para que a população possa conhecer um pouco mais sobre o novo pároco da Nossa Senhora do Carmo, nesta semana a Tribuna de Ituverava entrevistou com exclusividade o padre Marco Antônio.
Qual a sua primeira impressão da Paróquia N. Sra. do Carmo?
Padre Marco: A tradição da comunidade de Ituverava é muito marcante, digo isso porque quando fui transferido de Patrocínio Paulista para Guará, tive a oportunidade de dar apoio ao padre Vilmar, em Ituverava, e a impressão que tive foi de uma paróquia bem estruturada. Uma paróquia viva, que tem demonstrado isso ao longo dos anos através de um trabalho sério. Passaram muitos presbíteros por aqui e o povo correspondeu com a necessidade da evangelização com relação aos jovens, vocações, movimentos e realidades.
Isso nos traz um modo especial de nos envolvermos no espírito que motiva e incentiva a dar continuidade nesse trabalho. Definiria o povo ituveravense como uma comunidade viva.
Como recebeu a notícia de sua transferência?
Padre Marco: Esta é a sétima paróquia por onde passo e todo início não é fácil, temos que ter muita paciência e ser humildes para aceitar a próprias limitações. As vezes, não conhecemos nem os nomes das ruas para fazer tarefas básicas, então temos que ser pacientes no começo, assim como Jesus que sempre anunciou em primeiro lugar não ele mesmo, mas que o reino dos céus está próximo.
Fico ansioso para começar logo, rezar a primeira missa, abraçar o primeiro fiel, conhecer todo o sistema administrativo e pastoral e, claro, encontrar amigos que tenho por aqui. Uma vez perguntaram ao Papa João Paulo II por que ele era muito ansioso e ele respondeu que isso é consequência da responsabilidade da missão.
O que o sr. entende que seja o seu maior desafio nesta nova missão e como deve encará-lo?
Padre Marco: Toda missão é um desafio. Quando cheguei na Europa, em 1989, olhava as avenidas de Madrid e perguntava a mim mesmo o que estava fazendo ali. Fizemos uma convivência na Itália e eu deixei que Deus me conduzisse, questionando o que ele queria de mim, pois estava pronto para que fosse feita a Sua vontade.
No entanto, agora estamos numa diocese e para começar essa nova missão, vou encarar não com as minhas próprias forças, mas com base naquilo que está na própria palavra de Deus ‘Eu vos envio, Eu vos chamei e Eu os ensinarei’. Deixarei a palavra conduzir, com aquela mesma fé que recebi o meu chamado. Tentarei conduzir esse trabalho assim, com a certeza que a palavra se cumprirá.
Sobre a sua vida pessoal, onde o senhor nasceu e cresceu e como surgiu o desejo de ser sacerdote?
Padre Marco: Fui criado em uma família tradicional, descendente de espanhóis, na cidade de Franca. Meu pai era operário e foi um dos fundadores da empresa calçadista Samello. Fui criado na Vila Champagnat, estudei na Escola Ateneu e sempre gostei muito de estudar, principalmente matemática. Também sempre apreciei esportes, como natação, que é o meu favorito até hoje.
Estudei até me formar em Desenho Arquitetônico e depois fui para o Exército, servir o Serviço Militar, em Pirassununga. Durante esse tempo, comecei a perceber os desígnios de Deus, voltei para Franca e passei a trabalhar na área de construção. Namorei durante dois anos, mas mesmo com a vida toda estruturada, algo acontecia dentro de mim, precisava de algo mais, pois sentia um chamado forte.
Em 1987, fiz a experiência vocacional e fui para a Catedral, onde atuei durante dois anos como seminarista. A igreja percebeu que eu realmente estava tendo uma vida séria e, então, me convidou para fazer uma experiência na Europa.
Cursei Teologia em 1989, na PUC-Madrid e, em 1994, fui ordenado padre. Após isso, fiz um curso superior em Liturgia na Universidade de Salamanca e atuei dois anos como vigário na Paróquia de San José Obrero.
No início do meu sacerdócio, tive a oportunidade de conhecer o Papa João Paulo II e também trabalhar ao seu lado, como turiferário – aquele que, nas cerimônias da igreja, leva o turíbulo.
Qual mensagem o senhor gostaria de deixar aos paroquianos?
Padre Marco: Estou muito contente em retornar a essa cidade maravilhosa que é Ituverava. Esse tempo que passarei aqui será como Jesus Cristo diz “Vinde a mim, todos os que estai cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei”. De acordo com o ensinamento da vida, que a história nos ensina e com a palavra de Deus, Ele vai nos ajudar. No nosso ministério, temos a missão de reconhecer o que Deus quer falar com a comunidade.
Estamos em comunhão, amo muito aquilo que faço e coloco sempre o amor à frente, o que poderá muito em breve ser comprovado pela comunidade. Também gostaria de destacar que faço um trabalho com a pastoral militar há cerca de sete anos. Tenho um carinho muito grande por essa classe, alguns inclusive vivem e operam aqui.
Nesse primeiro momento, gostaria de pedir à comunidade que nos uníssemos, a comunhão nos torna mais fortes. Venceremos em Jesus Cristo, pois essa é a nossa transcendência. Estamos a caminho para receber esse novo reino eterno, onde não há sofrimento, tristeza ou trevas, porque a luz é o cordeiro.
Família
Padre Marco Antônio Bognotti é filho de Sebastião Victório Bognotti (in memoriam) e Maria Tereza Torralbo Bognotti e tem o irmão Alexandre Henrique Bognotti

