
Enfrentamos um momento difícil, sem dúvidas. Uma epidemia atinge o mundo e faz vítimas fatais a cada dia. No entanto, é também um momento histórico. E o que seria de momentos históricos se não fossem registrados pelo jornalismo sério, capaz de informar e, ao mesmo tempo, conscientizar? Um jornalismo que se importa e que busca levar a realidade dos fatos e promover o senso crítico de quem o acompanha? E com este espírito que a Tribuna de Ituverava tem se pautado ao longo destes 71 anos, completados na próxima quinta-feira, 9 de julho.
Ao longo dessas mais de sete décadas, o semanário fundado pelo saudoso jornalista Adhemar Cassiano noticiou muitos momentos históricos, como a construção de Brasília, a chegada do homem à lua e o surgimento de algo visto como maluquice na época, mas hoje indispensável: a internet. Acompanhou o surgimento e a queda de diversos políticos e de uma ditadura militar. Noticiou, com entusiasmo, o início de um novo tempo, com a abertura da democracia, em 1985.
Em relação a Ituverava, o jornal sempre trouxe um olhar sério e transformador de quem quer o melhor para o município. Não foi por acaso que, em 1949, Adhemar Cassiano escolheu o dia 9 de julho para fundar o jornal. Essa data faz referência à Revolução de 32, que buscou, sobretudo, fazer do Brasil um país mais justo e democrático.
O semanário sempre defendeu os interesses da cidade e acompanhou a trajetória de ituveravenses que saíram da cidade para fazer história, como o nadador Gustavo Borges, o jornalista Marcelo Tas e a atriz Gilda Nomacce. Há também os ituveravenses que ficaram na cidade para também fazer história, como o grupo idealista que fundou, ainda nos anos 70, a Fundação Educacional de Ituverava, hoje um dos maiores patrimônios do município.
Passaram pela cidade diversos governos, acompanhados de perto por um jornalismo capaz de elogiar quando merecido e criticar quando necessário. Aliás, a imparcialidade sempre foi uma das características mais marcantes da Tribuna de Ituverava, algo passado de Adhemar Cassiano e dona Guiomar Alves Ferreira Cassiano – outra peça essencial para a história do jornal – aos seus filhos José Luiz Alves Cassiano e Maria Aparecida Alves Cassiano. Hoje também estão na direção do jornal a esposa do jornalista, Maria Ernestina Martins Alves Cassiano, sua filha Ana Cristina Martins Cassiano Dantas e seu genro Daniel Dantas, diretores do semanário.
Em meio a tantas histórias contadas nas páginas da Tribuna de Ituverava – atualmente com os cadernos Principal, Variedades, Teen, Esportes e Feminino – fica claro de que esse momento delicado provocado pela pandemia do novo coronavírus é complicado, mas também passageiro. Ao olharmos para o passado fica mais fácil de entender que todas essas crises passam. E saímos delas ainda mais fortes.
E assim voltaremos a olhar com mais tranquilidade para o futuro, como fizeram diversas personalidades ao longo dos anos de 2019 e 2020, quando falaram sobre o futuro da cidade em uma emocionante homenagem à Tribuna de Ituverava pelos seus 70 anos.
Em quase 3,4 mil edições ininterruptas, o semanário se manteve fiel à sua linha editorial, pautada pela seriedade, compromisso com a verdade e dinamismo. Foi o dinamismo, inclusive, que fez com que o jornal acompanhasse a tecnologia e criasse site, Instagram e canal no YouTube.
E é esse mesmo dinamismo que mantém a direção da Tribuna de Ituverava comprometida em continuar a levar informações precisas à população, em tempo real e com um olhar único. Nesse aniversário, assim como em tantos outros, o jornal só tem a agradecer aos seus leitores, assinantes, anunciantes, amigos e colaboradores. É por cada um de vocês que a Tribuna de Ituverava existe. É por cada um de vocês que afirmamos com convicção: nossa história está apenas começando.
